Texto para o dia em que a mulher conquistou o amor do marido. (RASCUNHO)

Alexandre Menezes

Como o amor, aquele sentimento que muitas vezes nem se sabe porque sente, é estranho. Mais estranho ainda é invadir e confundir mentes, sonhos e pensamentos e se atribuir ao coração, aquele músculo danado que bate, acelera e para sem nenhum pedido. Mulheres são bem mais hábeis para lidar com eles.

Às vezes é complicado confessar o que sentimos e, nessas horas, parece que o coração quer sair pela boca que não permite a saída de uma palavra sequer à pessoa desejada. Era só a garota passar que logo surgiam pensamentos e sonhos com entregas de flores, encontros e confissões. Coisas do coração? Nem sei.

Talvez fosse por sua relação entediante que em algum ponto se perdeu e não sabia como recuperar. Em casa, não se sentia desejado e não sabia mais como era sonhar acordado por sua companheira. Na rua, aquela garota mexia com ele até pelo simples jeito de como sua voz e lábios lançavam um simples bom dia e sorriso.

Como é real a teoria de que é mais fácil para um homem ter duas mulheres do que largar uma para ser feliz com outra. Sentia medo de se declarar e não saber o que fazer depois. Na realidade, não sabia mesmo o que fazer. Sua única certeza era que tudo aquilo havia se tornado insuportável e freqüentemente sentia-se desesperado.

Não houve lágrimas. Numa bela tarde de primavera viu sua mulher sentenciar a separação ao relatar os motivos das malas prontas. Havia encontrado um novo amor repentinamente. Ouviu da sua boca que, sem perceber, outra pessoa tinha coberto suas falhas com palavras de carinho, atenção e confissões. Para ela, trair nunca foi uma opção, mas infelizmente aconteceu e precisava ser feliz. Bateu a porta e, sem querer, ensinou a ele como é que se faz.

Não deu tempo para sofrer em casa e aliviado correu para comprar flores e finalmente confessar seu amor. Sofreu na rua. Diante ao portão de sua amada viu malas conhecidas na sacada e beijos apaixonados trocados com seu ex-amor. Foi embora de cabeça baixa e fazendo planos. Conhecia muito bem o jeito daquela pessoa com quem sua amada relacionava e que, mais cedo ou mais tarde, deixaria falhas e nelas agiria. Repetia sozinho e em voz alta a seguinte frase: “determinação feminina meu caro, determinação feminina...”

Alexandre Menezes

OBS - A Lu Genovez comentou que eu deveria escrever porque não posto com frequência, então fiz essa mistura de conto e crônica em 25 minutos e postei. Desculpem qualquer falha. É um simples rascunho. Lu, pode rir um bocado dessa maluquice.

Abraço a Todos