MARIDO REJEITADO

Como é difícil viver a vida com felicidade. Quando jovem eu a distribuía de forma que eu julgava a mais racional.

Não quero achar a culpa na situação e talvez se exista ela foi do Padre...Ele que embalou o sonho naquela ladainha até hoje salteada por todos eles na verdadeira ladainha de vigário: na alegria e na tristeza, saúde e na doença, etc e tal daí para frente.

Quando passamos dos quarenta aos cinqüenta anos de casados aparecem os estragos físicos, amorosos e sexuais.

Na solidão de esposo, não temos a presença dos filhos e nem a geração do porvir garantidora de nosso DNA ao que der e vier.

Resta agora tomar um lanche de marido rejeitado com um cardápio invejável: Uma lata de sardinha, dois pães e uma lata de guaraná zero, óbvio sem gelo...

Ah se eu pego aquele Padre, hoje lhe daria uma bela tunda...

Mesmo não conseguindo faze-lo continuo como a POLIANA, distribuindo a quem necessite de uma dose de FELICIDADE...

Goiânia, 06 de outubro de 2009.