O SENTIDO DA VIDA
"Sajnos a tavolbalato szemüvegem behomalyosodott"
OU, em tradução livre: "infelizmente meus óculos para longe embaçaram"...
e minha miopia cega (Fé) ainda não chegou à singela condição de faca amolada.
Daí, me pergunto, qual a possibilidade de se explicitar um manual, um método viril e efectivo (sim, tem de ser efectivo, posto que se for apenas efetivo, faltar-lhe-á uma letra e, portanto, será menor, menos eficaz) para empinar pipa na chuva? Será que existe esta opção? Há que se ter em mente a estatística, o testemunho oral e a experimentação, não necessariamente nesta ordem, mas há que se ter. Apenas a título de exemplo e pelo mais puro amor ao debate, vamos levar em conta um vento lateral de uns 5 nós (knots) e o facto (fato) de que a Nossa Senhora Desatadora deles (os nós), de férias saia (curta de setim azul). Algo assim terá de ser revisto pelo Comitee (chá = tee) central de algum partido (agremiação dividida).
É, cá estamos no ponto central (não é de ônibus) pois o melhor nome só podia ser partido. Já nasce dividido. Uns de um lado e outros de outro, muito pelo contrário.
E, por óbvio, a pipa não voou. Ou seria não voa? Difícil dizer... Afinal a primeira frase atesta a mera existência de algo acontecido, verificável e descrito, enquanto que a segunda frase afirma definitiva e peremptoriamente qualquer impossibilidade futura da ocorrência. Eis a questão.
Asseguramos aos digníssimos leitores de que continuamos secos, mesmo depois da questão ter vazado. Da prova não se tem notícia alguma, vez que as crianças arregimentadas para a empreitada sumiram com as pipas, os carretéis e o cerol (serol? - ser rol? - lista? - Listo!), uma vez que qualquer criança sabe que na chuva, ou com chuva e até sob a chuva... só vendo televisão.
"e daí, eu cresci, dei tratos à bola e saí por ai..."