O Sagrado e ..... a vela.

O barulho característico das pequenas conchas, já esbranquiçadas pelo uso, ao cair, me encantavam. Diante do sagrado, tudo nos envole e nada se resolve, de imediato, claro!

Os queastionamentos fluem. E como boa filha do PAI, vasculho todas as possibiliddes de "saídas" e das "caídas". Procuto interpretá-las, como faz o olhador.

Os kauris, alí, estão, mostrando caminhos, acenando, desvendando, cobrando, enviados, pelos Deuses, e em nome deles, instigam, aceleram um corpo já cansado, numa mente conturbada, numa vida esgarçada. MAs eles são incasáveis.

O ambiente, bem decorado, grande o suficiente pra a exposição dos fatos, pequeno o suficiente para minhas fobias se exarcebarem. Desvio a atenção, das conchas magicas, por segundos, e percebo a decoração: Estatuetas, lindas estatuetas.Pedras, bonecas, o perfume do lugar me enebria. Ali certamente está o Sagrado. Sim, certamente.. Cada objeto, cada gesto, cada qual tem seu porque estar ali. Talvez eu seja a exceção. MAs tbm estava ali.

Na minha observancia célere, meu olhar se prende ao brilho da vela. Uma vela simples, num castiçal refinado. Apenas uma vela. Seu lume me encanta, me chama, e por segundos tudo se silencia.Eu e a vela apenas. Ela me chama através da chama e sinto-me atraída pela vela. é tão bom vê-la!

MAs, pra quê a vela, em lugar tão iluminado?

Pq o sagrado precisa de vela? Ele é o Sagrado. Se ele precisasse de luz, não poderia então iluminarme. MAs a vela estava lá......

Retorno ás conchas. Será que elas perceberam a minha ausencia?

E depois de esmiuçada a vida. As dores expostas, os erros e acertos, as esperanças plantadas , é hora do remédio. DA salvação!

O sacerdote expôe seus fatos, seus atos, e tantos pontos e contrapontos e.......

muitos contos. Ah! muitos contos......

E a vela a me flamar!

Onde foi parar o perfume de incenso?

Depois da devidas abençãos e reverencia, saio dali feliz! Leve! Alí existe sim, o sagrado!

Moço, me vê uma caixa de velas, por favor! Rápido, meu onubus está chegando!