A INDÚSTRIA DA MENTIRA

A INDÚSTRIA DA MENTIRA

*Ricardo De Benedictis

Nos sistemas políticos implantados no mundo a partir do século XVIII, desde as monarquias parlamentaristas, os impérios parlamentaristas, as democracias representativas e participativas, vigentes nos Estados Unidos da América, democracia presidencialista implantada após a segunda guerra mundial - no Brasil e em países da América do Sul – interrompida por alguns anos de ditaduras de direita, a ditadura nazi-fascista da Alemanha de Adolf Hitler, a ditadura fascista italiana, de Benito Mussolini os regimes totalitários de esquerda, conhecidos por comunismo, com ênfase para a ‘cortina de ferro’ que caracterizou as Repúblicas Socialistas Soviéticas até vir a Perestroika de Mikail Gorbachov, a queda do Muro de Berlim e a devolução aos alemães da ‘Berlim Oriental’ a República Socialista da China, a República Socialista de Cuba, os regimes semi-bárbaros da Bósnia e da Sérvia (ex-componentes da Cortina de Ferro, as democracias parlamentaristas vigentes na Itália, na França e na Alemanha, sem falar nos sistemas vigentes nos países asiáticos e africanos de religião muçulmana, Iran, Iraque, Síria, Líbano, Líbia, Egito, dos Emirados Árabes e tantos outros, vamos abordar a grande mentira da China, que comemora 60 anos da Revolução dita Socialista, que mergulhou aquele grande país numa ditadura totalitária de esquerda, tão perversa quanto a soviética.

Neste período negro, o ditador Mão Tse Tung governou os chineses com mão de ferro. Execuções estúpidas, jovens e pensadores assassinados pelo sistema, até que um dia, um jovem enfrentou os tanques de guerra na Praça da Paz Celestial, no dia das comemorações da Revolução Socialista e as imagens foram transmitidas para o mundo. Daí para cá, a situação na China afrouxou um pouco, acompanhando a tendência da Cortina de Ferro soviética, após a morte do seu ditador Joseph Stalin, que culminou na Perestroika e no desmanche do comunismo como hegemônico em parte do Planeta, contrapondo-se aos Estados Unidos na fase da ‘guerra fria’, na segunda metade do século XX.

E a China despontou como potência mundial. Seu povo, atualmente calculado em 1 bilhão e 300 milhões de habitantes, com 80 % da população vivendo abaixo da linha de pobreza, teve que especializar-se em algo que lhe promovesse a sobrevivência. Curiosamente, na China não há penalidades criminais para a ‘falsificação’ e foi neste setor que os chineses investiram. Um tênis Nike, que custa cerca de 60 dólares, os chineses entregam por quatro dólares e o comprador recebe por menos de seis dólares em qualquer parte do mundo. Entretanto, as falsificações na China não se prendem apenas a tênis, mas a quase tudo que é fabricado nos Estados Unidos e eles fazem cópias perfeitas. Kits completos para golfe, que custa nos Estados Unidos 2 mil e 500 dólares, na China custa apenas 275 dólares. Os materiais eletrônicos de todas as marcas são falsificados a preços de banana. E isto acontece sem qualquer penalidade do governo chinês, que fecha os olhos para tais atividades criminosas.

Na verdade, um funcionário chinês, em regime de 12 horas diárias de trabalho, recebe em média 2 dólares por dia, no máximo, 60 dólares/mês. E aí está a base de tudo. Os materiais são falsificados. Enquanto um taco de golfe é concebido com titânio, o taco chinês é de aço, trazendo o custo para muito baixo. Os tênis são bonitos, mas frágeis e se desgastam e rasgam-se em poucos dias. Há ainda a falsificação de remédios, principalmente o Viagra, cujos efeitos são devastadores para a saúde dos consumidores, levando muitos a amputação de pênis e à morte.

Em recente decreto, o governo chinês, constatando que a força de mão de obra estava caindo, dado o envelhecimento da população, visando aumentar a mão de obra, autoriza as famílias a terem dois filhos. Até então, cada chinesa só poderia parir uma vez. A segunda gravidez, quando acontecia, ou levava a mãe para a cadeia ou sacrificava-se a criança através do aborto.

Muitas mães para livrarem-se das penas, jogavam suas crianças recém-nascidas, muitas delas ainda vivas, nos lixos das cidades ou nos rios.

Na China, comem-se insetos, cachorros, gatos, ratos, animais peçonhentos, cobras, sapos, escorpiões, sem falar em locais mais sofisticados, onde existem pratos exóticos, tipo cérebro de macaco, cujo animal é posto embaixo da mesa e a cabeça encaixada num buraco, ficando apenas a parte superior do crânio à vista. Para servir, o garçom vem com uma faca especial, bem amolada, e, de um golpe, corta a carcaça superior deixando o cérebro exposto para que o cliente o devore com o auxílio de colheres e garfos, enquanto ainda se mexe e está quente.

Muitas mazelas poderíamos enumerar sobre a República Popular da China, que nada tem de popular, nem de civilidade. Durante as Olimpíadas de Pekim, nada menos que seis milhões de chineses foram expulsos da cidade pelo governo, à força, visando ‘limpar a área’, para que os turistas não conhecessem a sua triste realidade.

A única instituição verdadeira que há na China e que os fanáticos comunistas devem comemorar, nestes 60 anos da sua Revolução Popular, é o instituto da Mentira. Pois a Mentira tem sido a arma de todos os tiranos no mundo. Sejam eles de direita ou de esquerda.

*Ricardo De Benedictis é jornalista e presidente da Apolo - Academia Poçoense de Letras e Artes - link: www.apoloacademiadeletras.com.br -

E-mail:mrbenedictis@yahoo.com.br

Ricardo De Benedictis
Enviado por Ricardo De Benedictis em 04/10/2009
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