AS MARGENS DO MEU BRASIL

No dia sete de setembro vou comemorar o quê, se somos completamente submissos ao FMI?!

Vamos fazer de conta que está tudo bem, mesmo assim não posso participar da comemoração da nossa “independência”. Sabe o por quê? Sou daqueles brasileiros que são chamados pela sociedade de OS EXCLUÍDOS. Para quem não sabe, os excluídos são aqueles brasileiros que são exilado no próprio Brasil e obrigados a viver na clandestinidade. Aqueles, que governam o nosso país, tornaram-se pessoas tão inumanas que não são tratados mais pelo nome de gente e sim siglas: FHC, ACM, por exemplos.

Como excluídos, muitos de nós somos agricultores e não temos terra para plantar; somos cidadãos urbanos e não temos casa para morar; somos mãos de obra ativa, porém estamos desativados, ou melhor, desempregados. Muitos de nós pagamos a previdência social e ficamos horas e horas na fila para sermos atendidos, isto se não morrermos antes de sermos atendidos, isto se não morrermos antes de sermos consultados.

Sendo excluído, vivemos na marginalidade e sentimos na pele o lado cruel do Brasil. Isto nos causa indignação, insegurança e desconforto. E para piorar ainda mais, muitos políticos demagógicos tentam roubar a nossa bandeira de luta para ficar na mídia política e futuramente assegurar sua reeleição.

Sou excluído. Enquanto o “Brasil legal” está desfilando na rua mostrando o seu poderio bélico e o futuro da nação através dos estudantes... eu também estou apregoando aos quatro cantos o quanto estou sendo injustiçado, discriminado e desamparado.

Sou um excluído e pretendo realizar o quanto antes o sonho de todos nós brasileiros de termos um Brasil independente com justiça social e emprego para todos. É por isto que estou sempre “botando o meu bloco na rua”, pois nada conseguirei se “ficar de braços cruzados”.

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 03/10/2009
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