Em 300 palavras: Vamos colocar os políticos no paredão?
No mês passado escrevi uma crônica sobre os Realities Shows e ao final sugeri que se utilizasse com os nossos políticos, o mesmo processo de eliminação dos concorrentes, motivado pelas denúncias contra nosso El Bigodon, José Sarney. Não é que isso pode ser verdade?
Tramita na Câmara, já aprovada pelo Senado, o Recall Eleitoral, que é submeter os mandatos políticos de parlamentares ou chefes do poder executivo a um referendo para o eleitorado decidir se os mantêm ou não. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), com o apoio da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) e da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) faz campanha em seu site para a aprovação da Proposta de Emenda Constituicional 73/2005, percebe-se pela data, que minha crônica foi posterior a sua criação.
Funcionaria desta forma: O referendo pode ser convocado com um pedido de 2% do eleitorado nacional, após, pelo menos, um ano do mandato, com isso a população poderia revogar e substituir os mandatos de vereadores, deputados e senadores, bem como de prefeito, governador e presidente da República. Assim a população não precisaria esperar até a próxima eleição para retirar do poder os corruptos e toda a corja de péssimos políticos que temos.
O Recall pode ser uma grande novidade por aqui, mas é muito antigo, o primeiro aconteceu em 1903 em Los Angeles, EUA. Os contrários a essa medida argumentam que não é justo com os mandatários, por não dar tempo suficiente, e de direito adquirido, para o exercício das funções e a chance de recuperação e reparação de alguns deslizes como inoperância ou incompetência.
Resta saber se um telespectador de reality show, que não sabe escolher um candidato e, pior ainda, nem se lembra dos parlamentares em quem votou, estará preparado para a eliminação.