Além do Oceano, tão distante
(Não importa se em outro Continente),
Vejo-te em luz, brilhando sobre a mente,
Tua presença eu sinto a todo instante
 
(versos do poema “Além do Mar” de Assis Câmara)
 
 
 
 
A beleza do mar exerce uma influência muito grande sobre mim, além de me trazer sempre gratas recordações. Mesmo quando o meu caminho anda meio perdido, os meus passos sempre se encontram e me conduzem na sua direção. Diante dele nem sempre fico sentada na pedra de mão no queixo entregue a pensamentos sombrios. Pelo que de belo ele me oferece, fica mais fácil lembrar Aristóteles, que explica que a Maravilha sempre foi a causa pela qual os homens começaram a filosofar: a princípio surpreendiam-se com as dificuldades mais comuns, depois, avançando passo a passo, tentavam explicar fenômenos maiores, como, por exemplo, as fases da Lua, o curso do Sol, a dos astros e, finalmente, a formação do Universo.
 
É sabido que procurar uma explicação e admirar-se é reconhecer-se ignorante e quando isso acontece busca-se na filosofia respostas por meio de um esforço intelectual, de uma análise metódica ou mesmo de uma reflexão sobre algo que desejamos saber. Portanto, filosofar é o ato reflexivo para responder pessoalmente as nossas perguntas ou às nossas experiências vividas.
 
Se me perguntasse agora o que busco, eu diria:  a definição do “conceito” ( o que Sócrates chamava “logos”), que seria a razão que se dá de algo, para que eu pudesse , se possível, chegar as conclusões definitivas.E assim puder justificar pela razão e compreender o comportamento das pessoas. E, em conseqüência das experiências vividas, compreender e aceitar.
 
 
 

 
 
 
 
 

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 30/09/2009
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