O LAÇO DAS IGREJAS ("Quando até o laço do sapato tenta te derrubar: Anda sozinho, anda descalço, anda pelado, só não pare de andar." — Francis Cirino)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Bem antigamente eu pensava: a comunhão social era o único beneficio que a igreja me proporcionara, coisa que eu pensava também não encontrar em qualquer outro lugar, com a mesma intensidade. Hoje nem isso mais, as pessoas com quem compartilho do mesmo espaço físico e da mesma fé se acham no direito de inspecionar minha vida de uma forma tão prejudicial que só me mostram desvirtudes na contribuição que eu ofereço. Tudo bem, se o que lhes ofereço é recebido como mal. Contanto, que a responsabilidade do proceder seja minha, mas o beneficiar-se do exemplo é sua. E as outras implicações de custo benefício? Excluíram-me, mas percebi a tempo, você também a tempo está excluído, cegaram-me com o lustre do verniz de sua madeira facial. E assim se fizeram tão trans(parentes) que não os estranho quando me tratam de irmãos!

As instituições tradicionais tornaram-se lugares perigosos, pois servem de manta para acobertar o mal comportamento dos que são lobos por dentro. Os pecados da sociedade permeiam por entre os fiéis manipulando-os com os dogmas diretamente. Uma pessoa não pode matar, mas lá pode destruir o bom nome que eu tenho; as pessoas não podem adulterar, mas lá podem e cobiçam aos montes; as pessoas não podem roubar, mas podem mentir; lá também podem ser exploradas em troca do céu.

É mais fácil ser sepulcro caiado, visto que a sociedade moderna é tão motivada a valorizar a aparência de beleza. Os feios metem medo, assustam e/ou promovem o pecado! Nunca vi uma isca que não seja bonita, cheirosa e atraente! As armadilhas enfeitiçam e aprisionam. Estou fora!