Pernas de pau.
Um menino ágil atravessa a rua deslizando sobre um skate. Tem um dos antebraços gessado, um tênis de cada cor e, o boné enviesado na cabeça suada, faz com que a jovem senhora se lembre da sua infância.
Alegre e saltitante,
em cima das pernas de pau,
num instante era um gigante.
Equilibrar-se era normal.
Vivia contente,
Aos domingos sorvetes...
Sorvete groselha.
Gelinho na boca,
Boca de velha
(sem os dentes da frente).
Tamanha algazarra
Punha a mãe louca.
Gelinho na boca,
Língua vermelha,
Garganta rouca de tanto rir.
Vai longe a infância...
É... eu já cresci.
CRESCI???