Escrever o mundo, inscrever-se no mundo
"Na verdade, se dizer a palavra é transformar o mundo, se dizer a palavra não é privilégio de alguns homens mas um
direito dos homens, ninguém pode dizer sozinho a palavra.
Paulo Freire
Ao longo de minha vida de professora tenho refletido o quanto dizer a palavra, o quanto o ato de escrever empodera, o quanto é libertador e libertário e reflito do lugar de quem escreve para exercer o direito SAGRADO da livre expressão.
Minha reflexão é motivada pelo fato de, volta e meia, me deparar aqui, neste RECANTO, com desabafos de vítimas da intolerância de alguns que desqualificam o que lêem e, pessoalmente, mesmo não sendo eu a vítima, me incomodo e jamais vou abrir mão de defender o direito de cada uma e cada um de ser quem e assim se expressar.
Autobiográfica, politizada, romântica, melancólica, sombria, reflexiva, “porra lôca", de humor, erótica, enfim, cada pessoa certamente se expressa a partir de suas construções subjetivas e experiências de vida, mesmo quando faz ficção, e se, no exercício dessa LIVRE EXPRESSÃO, escreve sobre qualquer tema de SEU interesse, desde que não expresse algo que fira também o direito do outro, deve assim ser compreendida e respeitada.
É bom lembrar a quem interessar possa que sites abertos a quem quer que seja não são sucursais da ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Pessoalmente, reconheço a importância desses espaços e reconheço também como extremamente pedagógicos para quem esteja interessado em aprender o que há de mais diverso e plural no mundo das letras.
Se a qualidade é questionável, seguramente não é com intolerância, desrespeito, falta de educação, que o quadro irá se alterar. Atitudes assim, de qualquer lugar que venha, seja de quem se diz autor/a ou não, não devem ser admitidos, já que ninguém é obrigado a ler o que não gosta e menos ainda, comentar.
Incomodo-me sim, quando me deparo por aí com comentários desrespeitosos, beligerantes, sugerindo que o autor/a vá aprender a escrever, insinuando que o autor/a só escreve sobre um mesmo tema e outras "simpatias" que não valem a pena ser escritas aqui.
Passo ao largo de tipos textuais que não me interessam. Mesmo quando sou fisgada por alguns títulos e ao descobrir que não é o que esperava, saio silenciosamente. Gosto é pessoal, mas o respeito ao outro, ao diverso, deve ser universal. Ser capaz de se expressar por escrito, pode ser fácil, simples para alguns, mas não é regra e por isso cada texto que leio trato com reverência.
Óbvio que avalio que nem tudo que leio e se publica por aqui, em sites similares ou na blogosfera é literatura, mas respeito profundamente a expressão escrita de todas essas pessoas que assim se expressam e se gosto ou não isso é problema meu, mas jamais perderei de vista, jamais deixarei de afirmar o poder da palavra escrita como registro da história, como afirmação do modo de ser e viver de um povo, como testemunha, objeto comprobatório de uma época, de nossa passagem por esta dimensão.
Aos que se arvoram críticos, uma reflexão quanto à pertinência de suas atitudes, que na verdade, são mais grosseiras do que propriamente, críticas. De presente, Paulo Freire que em sua sabedoria afirma o que eu gostaria de ratificar: "Não nego a competência, por outro lado, de certos arrogantes, mas lamento neles a ausência de simplicidade que, não diminuindo em nada seu saber, os faria gente melhor. Gente mais gente".
"Na verdade, se dizer a palavra é transformar o mundo, se dizer a palavra não é privilégio de alguns homens mas um
direito dos homens, ninguém pode dizer sozinho a palavra.
Paulo Freire
Ao longo de minha vida de professora tenho refletido o quanto dizer a palavra, o quanto o ato de escrever empodera, o quanto é libertador e libertário e reflito do lugar de quem escreve para exercer o direito SAGRADO da livre expressão.
Minha reflexão é motivada pelo fato de, volta e meia, me deparar aqui, neste RECANTO, com desabafos de vítimas da intolerância de alguns que desqualificam o que lêem e, pessoalmente, mesmo não sendo eu a vítima, me incomodo e jamais vou abrir mão de defender o direito de cada uma e cada um de ser quem e assim se expressar.
Autobiográfica, politizada, romântica, melancólica, sombria, reflexiva, “porra lôca", de humor, erótica, enfim, cada pessoa certamente se expressa a partir de suas construções subjetivas e experiências de vida, mesmo quando faz ficção, e se, no exercício dessa LIVRE EXPRESSÃO, escreve sobre qualquer tema de SEU interesse, desde que não expresse algo que fira também o direito do outro, deve assim ser compreendida e respeitada.
É bom lembrar a quem interessar possa que sites abertos a quem quer que seja não são sucursais da ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Pessoalmente, reconheço a importância desses espaços e reconheço também como extremamente pedagógicos para quem esteja interessado em aprender o que há de mais diverso e plural no mundo das letras.
Se a qualidade é questionável, seguramente não é com intolerância, desrespeito, falta de educação, que o quadro irá se alterar. Atitudes assim, de qualquer lugar que venha, seja de quem se diz autor/a ou não, não devem ser admitidos, já que ninguém é obrigado a ler o que não gosta e menos ainda, comentar.
Incomodo-me sim, quando me deparo por aí com comentários desrespeitosos, beligerantes, sugerindo que o autor/a vá aprender a escrever, insinuando que o autor/a só escreve sobre um mesmo tema e outras "simpatias" que não valem a pena ser escritas aqui.
Passo ao largo de tipos textuais que não me interessam. Mesmo quando sou fisgada por alguns títulos e ao descobrir que não é o que esperava, saio silenciosamente. Gosto é pessoal, mas o respeito ao outro, ao diverso, deve ser universal. Ser capaz de se expressar por escrito, pode ser fácil, simples para alguns, mas não é regra e por isso cada texto que leio trato com reverência.
Óbvio que avalio que nem tudo que leio e se publica por aqui, em sites similares ou na blogosfera é literatura, mas respeito profundamente a expressão escrita de todas essas pessoas que assim se expressam e se gosto ou não isso é problema meu, mas jamais perderei de vista, jamais deixarei de afirmar o poder da palavra escrita como registro da história, como afirmação do modo de ser e viver de um povo, como testemunha, objeto comprobatório de uma época, de nossa passagem por esta dimensão.
Aos que se arvoram críticos, uma reflexão quanto à pertinência de suas atitudes, que na verdade, são mais grosseiras do que propriamente, críticas. De presente, Paulo Freire que em sua sabedoria afirma o que eu gostaria de ratificar: "Não nego a competência, por outro lado, de certos arrogantes, mas lamento neles a ausência de simplicidade que, não diminuindo em nada seu saber, os faria gente melhor. Gente mais gente".