DIÁLOGO SOBRE A CATAPORA
- Tô com catapora, tô HORROROSA!
- Aiaiai... tão doendo as feridinhas?
- Feridonas você diz...
- Algumas sim.
- Mas eu tava parecendo o Fred Kruger, agora tão ficando pretas as nojentas, aí parece que eu sou suja. Tá horrível, asqueroso, to com nojo de mim!!!
- Mas isso significa que tu tá entrando na cura.
- É, eu sei, mas é muito feio, Nossa Senhora! Como é FEIO! Tu já teve catapora?
- Tive, na sétima série.
- Em mim deu forte.
- Em mim foi mais ou menos, mas tinha horas que eu não tinha paciência e coçava sem pena.
- Eu não tô coçando, de jeito nenhum. E tô tratando; mais bem tratado, impossível.
- Eu também tratava, mas dava uma impaciência.
- Cara, o meu não tá coçando tanto assim, acho que não coça mais, tá ficando preto.
- Não sei por que, mas eu fiquei com uma música do Fábio Jr. na cabeça na época... Tá há quanto tempo com catapora?
- Assim, comecei a ter febre e dor no corpo domingo de tardezinha, mas a 1ª papoca apareceu segunda, aí terça apareceu mais um bocadim, aí de terça pra quarta IMPESTOU meu corpo, e quarta pra quinta começou a sarar.
- Pronto... segunda tu tá boa de novo.
- Tô com medo de ficar com mancha. Deu mais no meu rosto.
- Ah, mas uma ou outra vai ficar sim.
- Todo mundo disse que, se eu tratasse, não coçasse e não descascasse a ferida, não ia ficar mancha.
- Pois é, mas isso é folclore, tem sempre uma mais hardcore que deixa marca.
- Ah, valeu, terminou de me matar.
- Hehehehehhe... Relaxa, se o amor, que é bonito, deixa marcas, como diria o Fagner, imagina catapora, que de beleza num tem nada!
- Sim, mas as maiores apareceram no meu rosto, não quero ficar com o rosto todo fodido. E não quero mais falar com você. Tchau!
- Melhoras.