NÓS SEMPRE TEREMOS INGRID BERGMAN





                                        Crônica dedicada ao  poeta recantista
                                                         Hermílio Pinheiro de Macêdo Filho,
                                        admirador desta grande atriz da Sétima Arte.

 





- Nós sempre teremos Paris!



Esta é a frase máxima do fime "Casablanca". E "Casablanca" sempre terá Ingrid Bergman.  A atriz do perfil inconfundível . Como descendente de libaneses é uma benção ver aquele nariz de proporções atrevidas na tela!


Certamente esta crônica não pretende falar do nariz de Ingrid. A autora, apesar de nariguda, não perdeu o senso, pelo menos, não ainda!


Voltando ao tema!


Entre a história da personagem representada pela atriz Ingrid Bergman e a vida real da mulher que a interpretou há um fato curioso. Ambas tiveram sua vida marcada pela paixão, entretanto, o que Ingrid Bergman aprendeu com Casablanca?


Interpretar a personagem que renuncia ao maior amor de sua existência e vive todas as idealizações em torno do afeto, interrompido na melhor parte, teria ensinado à mulher, Ingrid, alguma lição?


Quando a paixão bateu à sua porta, Ingrid estava casada com um dentista. E o cinema a levaria até o diretor Roberto Rosselini, um dos mais influentes cineastas do neorealismo e responsável por essa paixão avassaladora.


Se em Casablanca, a personagem vivida por Ingrid, ao reencontrar seu grande amor, interpretado por Humphrey Bogart, renuncia a viver e retomar sua história amorosa, seguindo a vida com o marido, na vida real, Ingrid Bergman fez o movimento contrário.


E foi duramente criticada pela imprensa da época. A noção de vida pública e privada, desde sempre, parece se confundir.


A atriz reverenciada na tela em "Casablanca", quando teve a chance de viver seu grande amor foi condenada justamente pelo mesmo ato que o público desejou tanto vê-la assumir no filme.


Nós sempre teremos Ingrid Bergman.


Escolha sua versão: real ou idealizada. Em Casablanca, abrindo mão de seu amor ou na Itália vivendo o que desejou ao lado de Roberto Rosselini.


Em qualquer uma delas você encontrará uma grande mulher que exerceu o ofício de atriz com talento, classe e dignidade.


E a sua beleza? A crônica acabará sem falar dela?


A beleza fala por si.



(*) Imagem: Google


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Dolce Vita
Enviado por Dolce Vita em 25/09/2009
Reeditado em 26/09/2009
Código do texto: T1831731
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