Quem mexeu no meu...
 
Quem mexeu no meu o quê? Juro que não consegui escrever nada para cumprir o tema do Exercício Criativo (EC) desta semana.
          Primeiramente pensei em “Quem mexeu no meu jardim”. Resultado, dois versinhos horríveis, um deles incompleto:
          Levou de mim a primavera
          Que antes fazia daqui uma eterna... 

          Uma eterna o quê? Quimera? Nem pensar. Ai-meu-Je-sus-zi-nho-Cris-ti-nho, ajudai-me a escrever alguma coisa. Please!? Seria o caso de fazer promessa pra São Longuinho também?!
          Lembrei-me dos e-mails recebidos do grupo do EC, onde o bem aplicado Obed disse ter feito o exercício dele já no inicio da semana. E, não contente com esse feito, de dar inveja a qualquer humilde mortal acostumado-a-fazer-tudo-na-última-hora, disse ainda que iria preparar de antemão os temas dos próximos seis exercícios. Ele seria o tipo de coleguinha na escola de quem a gente pediria cola e se ele não desse, nunca mais iríamos a sua festa de aniversário. Assim era que os coleguinhas maus eram punidos.
          Procurei saber quem foi que sugeriu este tema. Foi o Eduardo. Quem será o escritor? Corri lá nos nomes dos autores e procurei e-d-u-a-r-d-o. Listou cinco páginas. Solução, meu caro gênio da lâmpada? Já sei! Ir à sala do Encanto das Letras, que consta no final de todos os textos de EC. Tchan, tchan, tchan, tchan!... Tchan, tchan, tchan, tchan! Mais piano...
          Não o encontrei no último exercício. Preciso tomar jeito. Não eu. Era o título do exercício, mas bem que preciso tomar jeito e tratar de preparar o texto com antecedência.
          Aí pensei: o que eu quero lá na página do Eduardo se não há nenhuma mensagem ou senha especial sobre o próximo exercício? O que será que o nosso colega tinha em mente quando sugeriu este tema?
          Sei que há um bendito (ou maldito) livro com o título “Quem mexeu no meu queijo?”. Mas nunca li. A versão “ilustrada” que uma amiga contou-me durante um café, foi de que ela estava praticamente desempregada, porque a escola em que lecionava há muito dera sinais de que iria pro “beleléu” e mesmo assim, como vivia na fartura, foi deixando o tempo passar. Acomodada, rejeitou proposta de outra escola, deixou de enviar currículo conforme indicado e, meses depois, quando procurou o queijo farto, havia só um pedacinho.
          Pior é que isto não serve para uma crônica. Nem eu estou com a bola toda para escrever qualquer bobagem e ser lida com simpatia. Que fazer então?
          Mais uma chance, vou tentar uma trovinha. Sabe como é que é... Quatro versinhos, rimas A-B, A-B, um fecho inteligente. Quem sabe dê certo? Já tenho um verso heptassílabo com o título:
          “Quem mexeu no meu jardim”.
          Silêncio. Piano novamente: “Quem-me-xeu-no-meu-jar-diiiiim”...
          “E levou-me a inspiraçããão..."
          Trava novamente. Jardim rima com? Capim, carmim, jasmim. Hum... Sei não.  Sem falar que a Helena Luna estréia hoje no grupo e já estava desde o início da semana com o texto pronto. Não posso fazer feio, passar vergonha desse jeito. Mais uma tentativa:
          “Quem mexeu no meu jardim
           E levou-me a inspiração?
           Foi Saci ou Curumim?
           Ou foi cupido ladrão?”

          Pior, impossível. Nem-mais-trovar-o-vivente-sabe. Esta coisa acima, com muita benevolência, seria uma quadrinha e olhe lá. Pelo visto, alguém mexeu no meu jardim e levou-me de vez a flor da inspiração.

  


Este texto faz parte do Exercício Criativo
- Quem Mexeu no Meu...
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meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 25/09/2009
Reeditado em 22/09/2011
Código do texto: T1830550
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