*Imagem Google
GUERRA DE BELEZAS
Como é redentor ler autores que escrevem maravilhas sobre as mulheres maduras e imperfeitas. Não há dúvida que reconheço as verdades escritas e tanta sensibilidade alegra meu coração feminino, já com muitas horas de vôo.
Nem pretendo falar da beleza interior, julgo que esses atributos são obrigatórios para todos os seres realmente humanos. Além disso, essa beleza não promove aproximações, visto que só é notada com alguma convivência e intimidade.
Apesar de realmente comovente, esse tipo de texto tem o poder de assustar-me. Não sei exatamente a medida da minha vaidade e creio que existe uma linha muito tênue entre o saudável e o ridículo.
Quem não gosta de ser admirada? Quem, principalmente na minha idade, não sabe que os homens são visuais? Esta é uma característica indiscutível, tão peculiar como a vaidade feminina.
Quem deseja estar impecável apenas para matar de inveja a amiga chata? Acho que poucas. Principalmente porque cada vez há mais mulheres maduras e solitárias.
Sem hipocrisias, queremos sim encantar, namorar, amar...
Creio que a grande bênção de nossos dias é que podemos sair com dignidade de relacionamentos insatisfatórios. No entanto, cá estamos novamente diante de uma situação tão nova como a adolescência. Desejamos ser felizes, com raras exceções, desejamos outros parceiros; queremos viver, não temos tempo a perder e nem podemos alegar inexperiência.
Creio que ser mulher madura é tão difícil quanto ser adolescente ou até mais. Para estas existe o perdão da inexperiência. Para nós sobram interrogações...
Até onde pode ir minha vaidade sem risco de tornar-se futilidade? Qual a diferença entre ser desencanada ou ser desleixada? Qual a linha que separa o sensual do vulgar? Até onde pode ir meu modernismo sem que eu pareça um ser patético e fora do meu tempo? Até que ponto a beleza interior fica comprometida quando resisto a dobrar-me ao tempo? Eu gostaria de saber...
Frequentemente esqueço minha bagagem, por dentro continuo a mesma sapeca de sempre, mas o espelho é traidor e promove muitas dúvidas. Diante dele às vezes vejo uma lindona madura que sabe viver. Outras vezes vejo uma velhota que não amadureceu. Bem, então eu tiro os óculos...
GUERRA DE BELEZAS
Como é redentor ler autores que escrevem maravilhas sobre as mulheres maduras e imperfeitas. Não há dúvida que reconheço as verdades escritas e tanta sensibilidade alegra meu coração feminino, já com muitas horas de vôo.
Nem pretendo falar da beleza interior, julgo que esses atributos são obrigatórios para todos os seres realmente humanos. Além disso, essa beleza não promove aproximações, visto que só é notada com alguma convivência e intimidade.
Apesar de realmente comovente, esse tipo de texto tem o poder de assustar-me. Não sei exatamente a medida da minha vaidade e creio que existe uma linha muito tênue entre o saudável e o ridículo.
Quem não gosta de ser admirada? Quem, principalmente na minha idade, não sabe que os homens são visuais? Esta é uma característica indiscutível, tão peculiar como a vaidade feminina.
Quem deseja estar impecável apenas para matar de inveja a amiga chata? Acho que poucas. Principalmente porque cada vez há mais mulheres maduras e solitárias.
Sem hipocrisias, queremos sim encantar, namorar, amar...
Creio que a grande bênção de nossos dias é que podemos sair com dignidade de relacionamentos insatisfatórios. No entanto, cá estamos novamente diante de uma situação tão nova como a adolescência. Desejamos ser felizes, com raras exceções, desejamos outros parceiros; queremos viver, não temos tempo a perder e nem podemos alegar inexperiência.
Creio que ser mulher madura é tão difícil quanto ser adolescente ou até mais. Para estas existe o perdão da inexperiência. Para nós sobram interrogações...
Até onde pode ir minha vaidade sem risco de tornar-se futilidade? Qual a diferença entre ser desencanada ou ser desleixada? Qual a linha que separa o sensual do vulgar? Até onde pode ir meu modernismo sem que eu pareça um ser patético e fora do meu tempo? Até que ponto a beleza interior fica comprometida quando resisto a dobrar-me ao tempo? Eu gostaria de saber...
Frequentemente esqueço minha bagagem, por dentro continuo a mesma sapeca de sempre, mas o espelho é traidor e promove muitas dúvidas. Diante dele às vezes vejo uma lindona madura que sabe viver. Outras vezes vejo uma velhota que não amadureceu. Bem, então eu tiro os óculos...