A VERDADEIRA AMIZADE

A VERDADEIRA AMIZADE

A amizade pode resultar de um estado simpático, fruto de contatos havidos em determinada época. Esses encontros, se renovados, e quando as almas afins (fluidos convergentes) se cruzam, geram, necessariamente, o clima de simpatia a que chamamos amizade. Nasce de um momento de cooperação em que se acha envolvido o grupo, integrado no desempenho das mais diversas tarefas ou, por vezes, de um simples olhar a dois.

Lê-se por aí muitos textos pedindo um sorriso e que ele – o sorriso – opera milagres quando bem intencionado; se vem de um coração isento de suas próprias amarguras e males de que a humanidade se ressente e, recalcando essas amarguras, procura um bode expiatório para atribuir-lhe culpas que não pretende assumir. O certo é que um sorriso pode resultar em uma bela e duradoura amizade. Não nos convençamos que isso fatalmente acontecerá. O receptor desse ímã, que pode transviar até pensamentos maldosos de corações empedernidos, deverá ser tocado, no momento preciso, por esse senso de amor inato que o Criador colocou em todas as suas criaturas, independente do estado em que se encontre ou da posição tomada por esse espírito por atos advindos do seu livre arbítrio.

Mesmo em incidentes, que de início tenham aspecto animoso, como num acidente em via pública, quando ambos os envolvidos guardam o bom senso e a urbanidade de gente civilizada, o caso será resolvido na maior lisura e pode, até, desse incidente, resultar uma amizade perene e que não vacila perante os tropeços a que vida terrena nos sujeita. Tudo depende do caráter, do temperamento e da educação com que for abordado o problema havido e, é lógico, do posicionamento dos dois espíritos em vidas anteriores, em sua relação direta.

Ao passo que a humanidade for tocada da necessidade desse sentimento de amor universal entre os povos, para melhor entendimento nas sociedades em que convive, cada um fará sua parte e a harmonia, finalmente, fará com que o homo sapiens entenda o valor da amizade. E esse sentimento mútuo transmitirá a força de que precisamos para relevar pequenas falhas alheias e, muito mais, reconhecer as virtudes inatas e as conquistadas pelos indivíduos na marcha do seu progresso moral. São esses os valores que geram a sincronia do convívio entre as nações. Finalmente, quando isso acontecer, poderemos conviver em plena paz e amizade, tendo por prêmio a felicidade sob o olhar beneplácito de Deus.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 24/09/2009
Reeditado em 24/09/2009
Código do texto: T1828167
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