BRIGA

O sol estava a pino e o calor me fizera ligar o ventilador de teto no maximo. Dias intermináveis de calor. Outrora, os ventos e chuva me entediavam pela noite infinita. Peguei meu livro e abri como de costume na pagina marcada, olhei novamente o relógio e fechei os olhos momentaneamente. Suspirei, ela estava atrasada e ao meu lado o remorso próprio dos homens, que sempre apontam falhas na mulher amada. Esquecemos do nosso próprio umbigo, que, aliás, não fica no meio corpo masculino.

Brigamos a noite passada, e esta seria a primeira depois do fato ocorrido. Esta noite, tiraria novamente tudo a limpo. Não esqueço brigas, vou até o fim, como qualquer homem, rico ou pobre, baixo ou alto. Preparei uma grande surpresa para ela.

O portão se abriu, o carro entrou rapidamente na garagem, acendi as luzes. De soslaio, rapidamente flertei os seus lindos olhos. Fui ao seu encontro. Tudo preparado. Tomei a nos braços e beijei como de costume. Ela me olhou firme. Eu abri a boca... e recebi de volta, com um dardo certeiro a seguinte frase: - Estou grávida de dois meses, e é um menino.

Osório Antonio da Cunha
Enviado por Osório Antonio da Cunha em 23/09/2009
Código do texto: T1826593
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