Uma madrugada chamada “bar”...
Se vivi por lá, não me recordo, mas o tal bar, remonta desde a origem deste mundão, lá nos carros de guerra do Império Romano, para não ir mais atrás, até aquele carrinho da Nasa que foi dar umas voltinhas lá por Marte, mas, vamos ao que interessa. Quero tentar só falar um pouquinho, pois se me estender vou parar mesmo é com todas as garrafas vazias.
Como frequentador intrínseco e extrínseco desde conjunto arquitetônico de várias formas, dos de tapume aos sem nada, só cercados pelo vento, até aqueles que da até constrangimento de pedir alguma coisa; muitos copos já cometi um simples “furto de uso”, nada que o Principio da Insignificância não pudesse protelar; das tulipas, passando pelo “americano” aqui e “lagoinha” por lá, até aqueles patrocinados pelas marcas de extrato de tomate, de cristal mesmo que nunca me deparei, estes mesmo só lá em casa, e em dia de festa; mas, é só um detalhe, pois o que quero mesmo é deixar aqui só um simples conto, quando passamos do observador via banco de bar, para observador via banco de rodoviária em frente ao bar. È neste terapêutico momento das madrugadas, que ficamos a nos embebedar com os artistas de momento dos estúdios via madrugada adentro. Logo percebemos que as vezes parece até que há um megafone no local, é uma garganta querendo sobressaltar mais que outra, as garrafas passeiam pelas bandejas nas mãos dos garçons, iguais aqueles “moto boys” lá em Sampa pelo trânsito; bate porta aqui, uns dizem que vão e não vão, outros já começam a ir e voltam, o pedido de mais uma, é sempre em forma igual, é só levantar o dedinho, e toma mais uma, ou mais um, depende o que se bebe, e é quando os ânimos se extrapolam que surge um mais sem noção que outro que me deu um toque, será que alguma vez fui artista assim, ou será que meus textos eram outros?! A freada foi brusca e a buzina maior ainda, eram 02h40min da manhã e o ônibus acabava de encostar na plataforma; já com sede de partir, nossa, peguei no sono e nem vi, e o sonho estava “bão dimais!”, pena que era só sonho.
Onofre Junior – Um sonhador