Depois do adeus...

Já faz algum tempo que os dias não são felizes como costumavam ser. O teu perfume, que antes se fazia presente sempre que respirava, já não consigo sentir. O sorriso que acostumei a admirar todas as vezes que te via, já não ilumina mais o meu mundo. Será que um dia vou assimilar tua ausência?

As coisas mudaram muito depois que a distância passou a ser um óbice. Não cansava de te olhar e admirar cada traço do teu rosto. Era um ritual que se repetia todas as vezes que te encontrava. Agora tenho que fechar os olhos para poder ver a imagem que restou impressa em meu coração. Triste destino.

Assim que te conheci tive a certeza de estar diante de um anjo e me senti abençoado por ter sido agraciado com tamanha dádiva. A cada sorriso teu, sentia como se estivesse envolvido pelas graças de Deus. Cada beijo era como um sopro de amor divino que inundava meu coração e transformava cada instante em um completo êxtase.

Agora já não te tenho perto de mim. Abro a janela em busca de um pouco de luz, mas me deparo com um dia cinzento e chuvoso. Lembro de ter lido em algum lugar que pessoas comuns, quando tristes, sentem vontade de chorar ao ver a chuva, e que os anjos, quando infelizes, tornam os dias chuvosos. Por favor, meu anjo, não se sinta assim. Embora não possa te ver, peço que me dê mais um sorriso. Preciso muito ver o sol novamente.

Aleda Nati
Enviado por Aleda Nati em 21/09/2009
Reeditado em 22/09/2009
Código do texto: T1823665
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