Esse bute é meu, chega seu carro pra lá
O que dá pra rir também dá pra chorar. E tudo dentro da mesma cena. E o Rio de Janeiro é cenário perfeito. O trânsito fluía lento e entediante pelas ruas do bairro Eu resolvi que não me aborreço mais e sempre levo um livro quando tenho que dirigir. Congestionou, parou, pego o livro e espero descongestionar. Às vezes provoco eu o congestionamento, quando descongestiona lá na frente e eu, concentrado na leitura, congestiono aqui atrás. Mas to nem aí. Só corro devagar mesmo. O sinal abre e ainda dá tempo para mais uma linha. Lá vamos nós, devagar e sempre, nem sempre, mas, devagar, sempre. O carro na minha frente está lento demais, parece que o motorista está meio perdido,dá sinal para a direita e pára ao lado de um guarda de trânsito que está na pista de rolamento atendendo uma colisão de veículos Paro o carro e vejo a cena hilária. E, já que está tudo parado mesmo, desço e vou na direção da cena inusitada, rindo descaradamente. Fico a uns dois metros do guarda e do motorista que conversa com ele, de dentro do carro. A essa altura já não consigo apenas sorrir e rio alto, chamando a atenção de outros motoristas que observam para onde meu dedo aponta, e eles riem também, num coro que desconcerta o pobre motorista que pede orientação ao guarda de trânsito que sua abundantemente e diz educadamente ao seu interlocutor. – Moço, por gentileza, engrena a a primeira, ande um metro e saia de cima do meu bute (bota), depois eu dou a informação que o senhor quiser. É ou não é de chorar de rir?
xx
Quem me contou há de me perdoar por ter entrado no set, me apossado do script e encenado a trama...rss. Se tiver humor pra tanto.