Razão X Emoção
Tente entender o porquê de sermos, simultaneamente, racionais e emotivos. Você consegue? Não é estranho o ser humano ser dotado de dois sentimentos tão antagônicos, que vivem lutando entre si para nos mostrar o caminho a ser seguido? No final, a única certeza que fica é que, independente da decisão tomada, nunca estaremos plenamente satisfeitos. Em alguns casos, muito pelo contrário.
Se pensarmos em recorrer ao dicionário buscando algum tipo de ajuda, acharemos explicações literárias perfeitas. O ser humano, contudo, é complexo demais para ser definido assim. Frases como “a razão é o entendimento, a inteligência humana” são fáceis de absorver, mas difíceis de aceitar. Se a razão fosse realmente a inteligência, não seria correto esperar que ficássemos em paz quando tomássemos decisões nela baseadas?
O problema é que toda essa discussão acontece em um plano puramente teórico, abstrato. De concreto, a tristeza de termos deixado para trás um grande amor, ou de não termos aproveitado uma chance de sermos felizes, apenas por pensarmos com a cabeça e não com o coração. Será que todo esse antagonismo é algum tipo de brincadeira de Deus ou uma forma que Ele encontrou de nos fazer lembrar que somos apenas humanos, sujeitos a todo tipo de dúvidas e erros?
No final, resta apenas torcer para que nossas decisões sejam as mais acertadas ou, caso contrário, que o destino se encarregue de corrigi-las no futuro. Além disso, devemos lembrar sempre que, como homens, não temos capacidade de escolher quem, quando e como amamos, mas que somos movidos por esse sentimento, independente de sermos racionais ou não.