RIO GRANDE DO SUL

Não existe orgulho maior do que ser gaúcho. Não desconsiderando as outras culturas regionais deste Brasil sem fronteiras, o amor por este rincão se sobrepõe de tal maneira que até Arnaldo Jabor já vangloriou em crônicas o valor que nosso povo dá às nossas raízes.

Dizem que por termos um amor exacerbado por nosso Estado, somos vistos como antipáticos perante os demais estados. Nas palavras de Jabor: “(...) Costuma criar problemas de imagem para os gaúchos, sempre acusados de se sentirem superiores ao resto do País.

Não é verdade - mas poderia ser, a julgar por alguns dados e estatísticas.

O Rio Grande do Sul é possuidor do melhor índice de desenvolvimento humano do Brasil, de acordo com a ONU, do menor índice de analfabetismo do País, segundo o IBGE e o da população mais longeva da América Latina, (sendo Veranópolis a terceira cidade do mundo em longevidade), segundo a OMS. E ainda tem as mulheres mais bonitas do País, segundo a Agência Ford Models. Além do gaúcho, chamado de machista", qual outro povo valoriza a

mulher a ponto de chamá-la de prenda (que quer dizer algo de muito valor) ?” Penso que o valor de um povo está no seu caráter e, sobretudo, no apego às tradições. Inclusive, nossa cultura é uma das mais evidentes, pois não se perde com o tempo e temos o cuidado de deixar que esse legado de amor ao Sul passe de geração à geração.

Para nós, além de um símbolo máximo de regionalismo, o hino Rio-grandense reflete nossa história e os feitos heróicos de nosso povo. Ele foi criado em plena Guerra dos Farrapos e possui uma curiosidade insólita em torno de sua criação: Foi em 1838, em consequência do confronto farroupilha, depois de vencer a Batalha do Barro Vermelho, travada em Rio Pardo, que os rebeldes aprisionaram não apenas os soldados adversários, mas também os músicos da banda do Exército Imperial, liderados por Joaquim Mendanha, que obrigado pelos revolucionários, escreveu um hino em homenagem ao movimento.

Desde sua criação, o hino passou por, pelo menos, três transformações, chegando ao século XX à composição harmônica que nós, os gaúchos, adoramos entoar em solenidades oficiais, principalmente durante a Semana Farroupilha que hoje, dia 20 de setembro, marca o auge das comemorações com o Dia da Revolução Farroupilha, lembrando a luta entre os maragatos e os chimangos, em nome da liberdade de nosso Estado.

Nas palavras de Arnaldo Jabor, somos um povo que tem orgulho de seus feitos e, a exemplo dele, não poderia deixar de citar um fragmento deste hino: “Sirvam nossas façanhas de modelo a toda Terra”.

Obs.: Para quem não conhece nosso hino oficial, transcrevo-o na íntegra para que possam contemplá-lo, sem obviamente fazer pouco das outras culturas, mas fazendo jus ao amor que os gaúchos têm por este Rio Grande amado!

LETRA

Francisco Pinto da Fontoura

(vulgo Chiquinho da Vovó)

MÚSICA

Comendador Maestro Joaquim José de Mendanha

HARMONIZAÇÃO

Antônio Corte Real

Como a aurora precursora

do farol da divindade,

foi o Vinte de Setembro

o precursor da liberdade.

Estribilho:

Mostremos valor, constância,

Nesta ímpia e injusta guerra,

Sirvam nossas façanhas

De modelo a toda terra,

De modelo a toda terra.

Sirvam nossas façanhas

De modelo a toda terra.

Mas não basta pra ser livre

ser forte, aguerrido e bravo,

povo que não tem virtude

acaba por ser escravo.

Estribilho:

Mostremos valor, constância,

Nesta ímpia e injusta guerra,

Sirvam nossas façanhas

De modelo a toda terra,

De modelo a toda terra.

Sirvam nossas façanhas

De modelo a toda terra.

Patrícia Rech
Enviado por Patrícia Rech em 20/09/2009
Código do texto: T1821237
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