Luzes
Ao redor algumas pessoas parecem não ter mais a possibilidade de serem livres. Poucas cientes, muitas presas a uma liberdade doente. Quando não se é livre pra ser imprevisível que liberdade te circunda?
É certo que a luz que reflete o ser que a recebe, não é a luz que ele reluz, assim as luzes são labirintos ilusórios atrativo para seres não dotados de alta percepção, mas iludidos em ter grande visão. Foi assim que os Coptotermes Gestroi ou famosos insetos "Aleluia" cairam na minha armadilha de luz. Fins de tarde quentes são ideais para ataques dessa espécie alada de cupim. Sim quem nunca sofreu de um enxame deles em sua luz, não sabe a sensação de ter asas caídas no chão da sala pela manhã. Antes de Thomas Edison pensar em lâmpadas, os insetos eram atraídos dos buracos em que se metiam para a luz do sol, isso há certo tempo atrás, como nada mais é natural, a luz de nossas casas pra eles é armadilha desorientadoramente mortal.
Mas há Homus Sapiens atraídos por ela também, tantas luzes, tanto brilho. Luzes demais podem cegar momentaneamente ou eternamente. Mais do que o olho pode absorver, mais do que podemos absorver. Estaríamos destinados a prisão dos nossos amigos "Aleluia". Indo na direção da luz de um possível sol que é irreal, atrás da luz que nos conduz a desorientação mortal do caos?
Albert Einstein em sua maravilhosa biografia "Como vejo o mundo" não é do tipo que se deslumbrava com luzes, são tão fugazes, nada tenazes, e concordo com o que ele diz:"...é a pessoa humana, livre, criadora e sensível que modela o belo e exalta o sublime, ao passo que as massas continuam arrastadas por uma dança infernal de imbelicidade e de embrutecimento" e acrescentaria ainda, voando disparadamente para a primeira sentelha de luz incandescente que encontram, sem nunca sequer ter esperado, visto, ou reconhecido a luz do sol.