Carta de uma mãe ao filho
Filho (a)
Espero que essa não seja a carta encontrada! Eu passei pela vida, não a vivi!
Perdi oportunidades, muitas vezes, por comodismo, encucações e, em geral, por medo de ousar.Sepultei meus sonhos; a determinação em lutar e a coragem de ir atrás de meus objetivos. Numa rotina entediante, sufocante; sempre solitária, não percebi o tempo passar. Hoje, lembro-me com remorso e tristeza das coisas que não fiz. Das dúvidas e angústias que consumiram a essência de minha alma. Percebo-me ainda, uma eterna vítima do “se”. O rancor está a minha espreita! Olho e vejo ao longe: ela… A morte!
Seria mais feliz eu, entregando-me aos seus braços? Teria chance de aproveitar em outra vida, o que desta eu mesma me privei? Quisera ter essas respostas!
Não quero que sintas pena de mim; nem que chores! Já não me resta muito tempo…
Aliás, lembre-se sempre: jamais seja escravo do tempo. Ele é um carrasco impiedoso! Não se preocupe em se preparar para usufruir as maravilhas da vida. Simplesmente, viva! Ou verá que pode ser tarde demais! Permita-se viver, amar, ser feliz. E faça do tempo seu aliado.
Com amor, de sua mãe….
OBS: Desabafo escrito, por meio de uma situação hipotética, uma mãe a beira da morte, a fim de expressar que meu maior medo, é que ao chegar a minha hora, perceba não ter aproveitado a minha vida.