Carta de uma mãe ao filho

Filho (a)

Espero que essa não seja a carta encontrada! Eu passei pela vida, não a vivi!

Perdi oportunidades, muitas vezes, por comodismo, encucações e, em geral, por medo de ousar.Sepultei meus sonhos; a determinação em lutar e a coragem de ir atrás de meus objetivos. Numa rotina entediante, sufocante; sempre solitária, não percebi o tempo passar. Hoje, lembro-me com remorso e tristeza das coisas que não fiz. Das dúvidas e angústias que consumiram a essência de minha alma. Percebo-me ainda, uma eterna vítima do “se”. O rancor está a minha espreita! Olho e vejo ao longe: ela… A morte!

Seria mais feliz eu, entregando-me aos seus braços? Teria chance de aproveitar em outra vida, o que desta eu mesma me privei? Quisera ter essas respostas!

Não quero que sintas pena de mim; nem que chores! Já não me resta muito tempo…

Aliás, lembre-se sempre: jamais seja escravo do tempo. Ele é um carrasco impiedoso! Não se preocupe em se preparar para usufruir as maravilhas da vida. Simplesmente, viva! Ou verá que pode ser tarde demais! Permita-se viver, amar, ser feliz. E faça do tempo seu aliado.

Com amor, de sua mãe….

OBS: Desabafo escrito, por meio de uma situação hipotética, uma mãe a beira da morte, a fim de expressar que meu maior medo, é que ao chegar a minha hora, perceba não ter aproveitado a minha vida.

Lilly Soares
Enviado por Lilly Soares em 19/09/2009
Código do texto: T1819667
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