NÃO IMPORTA, QUE FALEM, ETERNIZE-ME! ("Se me importo com o que dizem de mim? O pior que podem falar de mim, é que nunca estou satisfeita com nada..." — Janis Joplin)
Tanto inimigos como amigos falam mal de mim, uns pela frente, outros pelas costas. Se "a propaganda é a arma do negócio", estou feito! Propaganda enganosa ou não, por que eu deveria está preocupado se minha reputação cresce de qualquer jeito? E se eles cuidam bem disso, serei sempre lembrado de alguma forma! Cá, enquanto isso, diminui minha privacidade, que pena, porém apesar disso, aumenta minha celebridade, coisa de rico! Quando pararem de falar é porque a dessemelhança entre nós tornou-se um empecilho. Então, com certeza, caiu minha glória. Aí, precisarei me movimentar para perto deles, a contaminação é necessária, e eles, adoram ver-me, transportando os seus defeitos (divulgação trocada); essa é a motivação maior do falatório.
Então disse Alfred de Musset: "As coisas mais desagradáveis que os nossos piores inimigos nos dizem pela frente, não se comparam com as que os nossos amigos dizem de nós pelas costas." Ninguém liga para mim a não ser para pedir apreciação. Mas, como eles ficaram sabendo que posso ajudá-los, o auto-marketing é sempre exagerado, eu menti, nunca ajudamos os outros como propagamos. Por isso, não sou bom como dizem e nem tão ruim quanto querem; quando me acham para conceituar-me, eu já saí daquele estado, nunca sou o mesmo de ontem, por isso eles nunca falam verdades duradouras sobre mim, ou seja, mentem a meu respeito. É meu refúgio a certeza de Chico Xavier nessa frase psicografada: "A verdade que fere é pior do que a mentira que consola"(Carlos A Baccelli).
Como é bom socializar o personagem que somos sem deixar ofender o palhaço real que está dentro das roupas coloridas e folgadas que visto agora! Se meus inimigos e amigos pararem de dizer mentiras a meu respeito, eu paro de existir. Sou uma mentira ambulante metamorfoseado de verdades passageiras. E que Deus tenha misericórdia de nós!