Um Domingo Inesquecível (O dia em que fui confundida)

01/07/03

Um Domingo Inesquecível

(O dia em que fui confundida)

Minha grande amiga sempre participa da vida das pessoas em geral. Basta saber que há alguém sofrendo, para querer ajudar. Soube que não havia distribuição de determinado medicamento nos postos de saúde, o que poderia levar as pessoas necessitadas a morte. Queria fazer algo para melhorar essa situação, principalmente a dependentes mais carentes que dependem do governo para receberem o remédio essencial às suas vidas.

Pensou, pensou... e decidiu fundar uma associação, sendo ela eleita a primeira presidenta, por sua atuação.

Levou a notícia da falta do medicamento aos quatro cantos do Estado. Os jornais, a televisão e as rádios comentavam que, por falta de uma assinatura do governo, os dependentes daquele remédio estavam prestes a morrer.

Esta narradora sempre foi a companheira da lutadora presidenta, mais por ser fascinada por filmagens, do que propriamente para ajudar.

Numa dessas reportagens, num domingo, o repórter queria uma demonstração de como realizar a aplicação do remédio injetável. Ela disse que infelizmente não podia, porque já tinha feito, sendo proibido fazer nova aplicação da injeção.

Muito curioso e insatisfeito com a resposta, o repórter apontou logo para mim para ser a cobaia. Gritei logo que não era doente e que estava ali só como figurante. Tanto era o meu desejo de ser filmada, esqueci que aquilo não era uma novela ou um filme de ação. Todos me olharam e eu gelei de vergonha.

Adriana Quezado

AQAZULAY ADRIANAQ
Enviado por AQAZULAY ADRIANAQ em 25/06/2006
Reeditado em 15/07/2008
Código do texto: T181942
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