Uma conversa com o Diabo
Uma conversa com o diabo
Eram 11h45min, quando cheguei em casa, tinha tudo pra ser o melhor dia da minha vida, mas não foi, porque eu sou um idiota acho que sim, abri a porta da cozinha e entrei joguei a chave na mesa, peguei o telefone e liguei pra um amigo precisava conversar com alguém desabafar, o telefone dele estava desligado certamente ele estava com a namorada que era com quem eu devia estar agora com a minha, mas como sou idiota ela não esta aqui, fui ate o quarto peguei meu violão e fui para a sala, me sentei no sofá peguei um copo de uísque só tinha um pouco mesmo, uma dose e meia acho, mas antes de fazer a primeira nota senti que precisava conversar com alguém, então chamei o diabo, pensei comigo se ele não estiver ocupado, e ele não estava foram menos de 10 segundos ele bateu na porta, então me levantei e abri. Sentamos-nos no sofá ele em um eu no outro, coloquei o violão de pé no sofá, começamos a conversar “na realidade só eu falava” falei tudo o que tinha acontecido e o que estava acontecendo e ele só dizia.
- eu sei
Era obvio que ele sabia, mas mesmo assim continuei a falar e o tempo passou, depois de eu contar tudo pra ele. Ele me pediu o violão primeiramente ele afinou-o, começou a tocar então, o diabo era maestro da orquestra do céu, um excelente musico, então falei pra ele.
- vamos compor algo?
Ele disse
- sim, vamos.
E assim começamos peguei uma caneta e um papel e começamos a escrever, compomos em 10 minutos acho ou menos ate, foi super rápido o resultado foi este:
Minhas marcas
As marcas que tenho nas costas
São marcas das minhas assas
Que foram arrancadas
Quando me expulsaram do céu
Porque eu errei
Porque eu pequei
Porque eu me entreguei
As marcas que tenho na vida
Não cicatrizam, doem.
São para todo o sempre
Pelo resto da vida
Porque eu errei
Porque eu pequei
Porque eu me entreguei
As marcas que tenho no coração
Não me deixam dormir
Oprimem-me, sofro.
Porque também tenho sentimentos
Porque eu errei
Porque eu pequei
Porque eu me entreguei
Porque amei
Depois disso ele foi embora, disse que tinha coisas pra fazer.
(Wagner l. Antunes)