SINA

Segue teu destino, arruma tua mala, pega o trem... vai para onde quiser ir, mas que seja agora.

Não posso suportar tua ida, mas preciso dela para ir também para algum lugar.

E a hora de ir, de partir, de suprir a vontade de novos ventos.

Não dá para doer tanto mais que já doi.

Basta, siga em frente, não olhe para os lados, muito menos para trás. Não se desfaça em lágrimas, engula o pranto que eu farei o mesmo.

Não tem meia volta, nem retorno agora. Por hora, tudo o que te peço e prometo é que a ida é definitiva. Não posso te dizer mais nada.

Não consigo. Minhas palavras estão na tua mala. E também o meu sentimento.

Então não abra ela agora, não vá espalhar o que sinto por ai, nem o que está dentro de você.

É assim mesmo.

A despedida doi.