CRÔNICA DO DIA A DIA
 
A brisa suave beija meu rosto e o gemido do vento faz música que eu danço, como se fosse valsa em noite de gala, tudo um sonho bonito num descanso qualquer dessa existência terrena. Assim começa o poeta a reinar em sua maratona particular, sua labuta diária, que teima existir, sabedora que é da necessidade que todo mundo tem, de trabalhar. Mas no trabalho vejo a tela do computador e percebo a criança sorrindo e não os números que conduzem a fortuna, dos outros, para variar. Atendo o telefone como se ouvisse uma orquestra sinfônica traduzindo em notas meu futuro, em fantasias que a noite teima em criar, mas a voz me acorda para o serviço que o boy deixou de realizar. Entra em cena o todo poderoso chefão, insinuo alegria, de quem recebe a lua para prosear, mas logo vem o grito ensurdecedor que me desperta do sonho, para a realidade que teima comigo em se mostrar. Felizmente o dia termina, mas ao contrário deste, abrem-se as cortinas e o espetáculo da noite vem para brilhar. Levanto solene, recebo a visita de quem vem da labuta para um pequeno poema desabafar. São todos, poetas, de alma e coração, que juntos recebem a arte e o amor, que reina absoluta aqui no recanto de um trabalhador.