A felicidade não tem preço.
Todas as manhãs, as 06h00min, saio de casa para caminhar, as manhãs começam silenciosas, vou acelerada, e aos poucos começo a sentir o cheiro das arvores em flores, o sol aquecendo levemente minha pele, ouço um Ben te vi aqui, uma andorinha lá, e ao chegar em baixo de um cinamomo, procuro com os olhos o casal de caturrita, acho que são apaixonados.
São tão verdinhos, e encostam seus bicos lustrosos sem parar, fazendo uma algazarra incrível, sorrio em pensamento, que lindos. A dona Kátia já está sentada em seu banquinho de madeira ,sua saia branca condiz com seu sorriso tão iluminado de bom dia.Seus olhos são embaçados pela idade ,mas, lá atrás tem a luminosidade de uma vida bem vivida.
Seu Antonio com a cara toda enrugada de sono abre o mercadinho, olha prá mim, e neste momento seu imenso vira lata pardo,se atira sobre ele e o derruba,rimos até as lágrimas.
Chego à pista, tanta gente, parece que nesta manhã em especial, os sorrisos estão maiores, os passos mais céleres, as roupas mais coloridas, eu como sou corintiana rocha, só uso meu uniforme: CALÇA PRETA COM UM FRISO BRANCO DO LADO E CAMISETA DO TIMÃO.
Caminho assim feliz, e nem percebo que já cheguei a casa, ao abrir o portão sou recebida por cinco pestinhas, que se atiram sobre mim, me derrubam e sobem, todos em minhas pernas, barriga, e com suas enormes línguas, me lambem, como se me dissessem: bom dia.
Ali sentada no chão, pensei com meus botões, como é que vejo tudo isto em minha caminhada? Não precisamos de muito para ser felizes, e este inicio de manhã, não me custou nada, e foi uma manhã iniciada maravilhosamente bem.Pode até parecer bobagem para muitos.Mas, para mim,tem um valor imensurável.