Pequenino Plutão

A reportagem explica com detalhes: "Os planetas devem ser capazes de "limpar" a vizinhança de sua órbita. "Limpar" os arredores significa ter massa suficiente para continuar engolindo matéria no processo de crescimento".

Assim sendo a formação de Plutão e dos outros planetas foram diferentes, segundo explicam os astrônomos. Enfim, Plutão não foi "capaz" de engolir outros corpos na sua forma. A sua trajetória cruza a de Netuno, que é muitíssimo maior, por isso ele nunca poderia ser considerado o objeto dominante (lá como aqui no nosso mundinho!).

Pobre Plutão, pequenino, o mais pequeno entre os pequenos, seguiu inexoravelmente os destinos dos pequeninos aqui do nosso planeta Terra: quem não tiver capacidade para "engolir" os que lhe passam perto anulando-os, para se tornar maior, será alijado de sua esfera (social ou vital) para deixar vaga para o próximo "engolidor", que logo ocupará o lugar vago.

Não fique triste, Plutão! Lá na esfera celestial, como aqui na Terra, quem manda são os "homens das ciências", diga-se: donos das ciências e da vida. Não fique triste, Plutão! Você ao menos foi classificado como Planeta Anão. Aqui os pequenos são apenas massa amorfa de manobra!

Lucilia Cavalcanti
Enviado por Lucilia Cavalcanti em 14/09/2009
Reeditado em 29/09/2009
Código do texto: T1809968
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