PANACA
Movida pela tela colorido do computador e das letras grandes chamativas que subia e descia como se tivesse dançando, me senti convidada para fazer um teste: Você é Panaca? Comecei a responder cada uma das perguntas escolhendo entre as alternativas, na certeza que o resultado não me daria o tal título. Afinal, sou uma pessoa até certo ponto esclarecida e com uma bagagem relativa de experiência de vida. Chegando ao final, posicionei a “mãozinha” nas palavras: clique aqui e veja o resultado. Para surpresa minha o resultado foi: você é panaca, babaca e mané.
Isso não me abalou, porque na verdade, para este teste panaca é a pessoa antiética, sem escrúpulo e mau caráter. Devolver para o dono algo que você encontrou por acaso é ser panaca? Não se aproveitar de amizades para tirar partido é característica de pessoa simplória?
Até ai tudo bem. Mas, mesmo querendo não acreditar no teste, aquilo ficou martelando minha cabeça. Sou ou não panaca? E me lembrei daquela música de Gonzaguinha. “A gente não tem cara de panaca, a gente não tem cara de babaca É... A gente quer viver pleno direito. A gente quer viver pela nação. A gente quer ser um cidadão.”
Pensando em ser uma cidadã acreditei no futuro da nação, apostei que o fio do bigode ainda valia tal qual a palavra e foi ai que fiquei com cara de babaca. Bigode hoje apenas enfeita a cara do cara que nem sempre é “um cara”.
Panaca, babaca, mané somos nós que acreditamos em tudo, que temos “certas” esperanças, que repetimos nossos erros nas urnas e ficamos fazendo companhia a Carolina, olhando o tempo passar da janela.
Aí pensei em organizar um novo teste para saber até que ponto somos panacas. Selecionei várias perguntas e escolhi algumas para medir o grau da nossa babaquice. Caso você queira saber se merece esta denominação responda “sim” ou “não” as seguintes indagações e tenha sua resposta clicando no botão reflexão.
1.Você acredita nos programas que os candidatos apresentam em tempo de campanha?
2.Você já perdeu alguma amizade em defesa de um político?
3.Você acha que a sua contribuição de impostos tem destino adequado?
4. Você acompanha o trabalho daqueles que ganharam o seu voto?
5. Você é capaz de votar nos políticos que já tiveram seu mandato cassado?