O suave prazer pela vida

O suave prazer pela vida é mais nascido em nós do que cultivado. Procurar se ocupar de certas atividades como: pintura,, teatro, literatura ou algum tipo de religião, pode ajudar a preencher o tempo existente entre o nascimento e a morte. Entretanto, o suave prazer pela vida é “Energia Divina”; como o sabor da água, a brisa leve, o brilho das flores, o surgimento do arco-íris. Estes estados de graça encontraram as crianças, que nada sabem sobre o prazer de viver, mas transbordam em alegria. Correm, pulam, dançam, fazem caretas, conversam sozinhas, pisam em poças de água sem fazer cerimônia, riem por nada. Por isso a infância é o período mais feliz da vida humana. Por isso Jesus disse: “Deixai vir a mim as criancinhas”. Em antigas culturas encontramos citações como: “Devemos recuperar o coração de criança” ou “As crianças são o modelo da natureza original do homem”.

Sendo desta forma, por que muitos, atualmente, tentam transformar as crianças em pequenos adultos, matando toda sua espontaneidade!?. Isto dá uma profunda tristeza!

Os que vivem no campo, de vida mais simples, afastados das convenções sociais, em sua vida de liberdade, gozam das belezas de toda a natureza como sendo parte de sua vida. Percebo, entretanto, que estas pessoas estão em extinção. Com a globalização, a mídia, contamina seus corações e suas mentes se tornam confusas, impregnadas com falsas ilusões.

Quanto mais presos a convenções se tornam os homens, mais difícil se torna gozar a vida. Correm, então, em busca de prazeres que chamam de divertimento, achando sua satisfação em comida, bebida, sexo, vida desregrada, e desafio aos costumes sociais; pensam que, assim, estão se libertando... Porem, muitas vezes, à medida que alguém progride na vida e sua situação social se torna maior: seu corpo e seu espírito são aprisionados por mil preocupações e rigorosos deveres. Então, o conhecimento, a cultura e a experiência da vida chegam a entorpecer seus poros e se infiltram em suas juntas endurecidas. Quanto mais sabe, mais confuso se torna e mais afastado fica de compreender este suave prazer pela vida.

Reflexões baseadas num texto chinês de Yuan Chunglang

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