UM DIA EM PAZ






Costumo pautar minhas relações pela gentileza. E isso pode ser algo inútil em tempos hostis. Acontece que eu a-do-ro inutilidades.


Acho encantador não perguntar para que serve algo. Minha natureza terrivelmente questionadora, tira férias de mim, nessas horas onde a maior liberdade é a ausência dos "manuais" de como agir, ser, olhar, classificar, definir, etc e tal.


Você já reparou quantos adjetivos recebe por dia?



Como pode ser interessante não se preocupar tanto com o que o outro é ou deixa de ser.


E não precisar de fórmulas para viver. Tantas receitas engessam a vida.


Há inúmeras maneiras de olhar o mundo. Quantas possibilidades!


Nessa hora de recreio pessoal, sou apenas isso: horizonte aberto.


Quando contemplo a beleza de algo e distraída, sinto a brisa desalinhar meus cabelos, sem que isso se transforme em um drama porque acabei de arrumá-los, encontro minha melhor parte.


Na simplicidade de um gesto tolo descubro e conheço um pouco mais da minha natureza, sem precisar recorrer a nenhuma teoria que exija raciocínios intricados. Nada de elocubrações. Posso ser acessível a mim neste espaço de liberdade!


Quero uma rede para descansar do mundo hiperativo.


Então, escrevo no balanço de um pretexto para viver um dia em paz.








(*) Imagem: Google

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Dolce Vita
Enviado por Dolce Vita em 12/09/2009
Reeditado em 12/09/2009
Código do texto: T1805619
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