Não sou artista, sou arteiro!
Aprendi a ler aos quatro anos. Comecei a rabiscar meus primeiros versos entre oito e nove. Escrever, para valer, com algum intuito de expressão criativa, aos quinze. Faço isso porque gosto!
O muito pouco que sei de teoria literária foi autodidatismo e, ainda assim, assimilado pela premência de precisar compreender alguns enigmas que me assombraram sobre a arte das palavras. Todavia, buscar desvendar as palavras e seus mistérios é um desafio quase tão inalcançável quanto tentar entender as mulheres.
Apesar de, há décadas, cultuar o hábito da escrita, ainda sinto borboletas revoando em meu estômago toda vez que me ponho diante de um espaço em branco aguardando que alguma coisa ali seja posta em palavras. Imagino que se algum dia esse frisson me abandonar, muito se perderá do encanto lúdico de reorganizar as idéias como num quebra-cabeça cuja solução nunca se consuma.
Não é incomum que eu leia e releia tudo quanto já tenha escrito; ou pelo apelo quase neurótico de revisar e revisar, buscando uma forma definitiva que jamais se dá como pronta, ou pela ingênua crença de que haja alguma resposta escondida sobre as dúvidas que a vida me apresenta. E nessa lida de ver e rever tudo isso, constato, como o filósofo, que só sei que nada sei porque, por muito que qualquer pessoa imagine que conheça, será sempre muito pouco o que terá vindo a saber.
Porém, posso afirmar com segurança que escrever é fácil para qualquer um; é só ser alfabetizado! Quanto a escrever certo, eu diria que é relativamente fácil, pois há que se ler muito, estudar bastante e se aprimorar sempre. Já quanto a escrever bem, daí a coisa muda de figura. Na forma como encaro as coisas, para que o que esteja escrito seja considerado como bom é essencial que se tenha algo a dizer que provoque o interesse de quem lê. Isso só a vida ensina e, mesmo assim, se prestarmos muita atenção!
Muito tempo se passou desde que me alfabetizei, longos anos de cotidiano exercício transcorreram até que eu conseguisse, de vez em quando, escrever certo e, há tempos, abandonei o utópico objetivo de escrever bem. Na verdade, somente a partir do momento em que comecei a escrever o que gosto, do jeito que gosto, sobre o enfoque que gosto é que alguma qualidade realmente se insinuou. Mas só se insinuou; nada além disso!
Ainda bem que eu gosto!
.oOo.
Aprendi a ler aos quatro anos. Comecei a rabiscar meus primeiros versos entre oito e nove. Escrever, para valer, com algum intuito de expressão criativa, aos quinze. Faço isso porque gosto!
O muito pouco que sei de teoria literária foi autodidatismo e, ainda assim, assimilado pela premência de precisar compreender alguns enigmas que me assombraram sobre a arte das palavras. Todavia, buscar desvendar as palavras e seus mistérios é um desafio quase tão inalcançável quanto tentar entender as mulheres.
Apesar de, há décadas, cultuar o hábito da escrita, ainda sinto borboletas revoando em meu estômago toda vez que me ponho diante de um espaço em branco aguardando que alguma coisa ali seja posta em palavras. Imagino que se algum dia esse frisson me abandonar, muito se perderá do encanto lúdico de reorganizar as idéias como num quebra-cabeça cuja solução nunca se consuma.
Não é incomum que eu leia e releia tudo quanto já tenha escrito; ou pelo apelo quase neurótico de revisar e revisar, buscando uma forma definitiva que jamais se dá como pronta, ou pela ingênua crença de que haja alguma resposta escondida sobre as dúvidas que a vida me apresenta. E nessa lida de ver e rever tudo isso, constato, como o filósofo, que só sei que nada sei porque, por muito que qualquer pessoa imagine que conheça, será sempre muito pouco o que terá vindo a saber.
Porém, posso afirmar com segurança que escrever é fácil para qualquer um; é só ser alfabetizado! Quanto a escrever certo, eu diria que é relativamente fácil, pois há que se ler muito, estudar bastante e se aprimorar sempre. Já quanto a escrever bem, daí a coisa muda de figura. Na forma como encaro as coisas, para que o que esteja escrito seja considerado como bom é essencial que se tenha algo a dizer que provoque o interesse de quem lê. Isso só a vida ensina e, mesmo assim, se prestarmos muita atenção!
Muito tempo se passou desde que me alfabetizei, longos anos de cotidiano exercício transcorreram até que eu conseguisse, de vez em quando, escrever certo e, há tempos, abandonei o utópico objetivo de escrever bem. Na verdade, somente a partir do momento em que comecei a escrever o que gosto, do jeito que gosto, sobre o enfoque que gosto é que alguma qualidade realmente se insinuou. Mas só se insinuou; nada além disso!
Ainda bem que eu gosto!
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