GRÁVIDA!!!

Gente, serei mamãe! Nem eu mesma acredito, mas finalmente ele veio.... Concebido, sem pedir licença!

É certo que eu favoreci sua chegada... Sem precauções para prevenir, mas qual é? Já estou com 32 anos e com o prazo de validade prestes a vencer! Na verdade, já estava passando da hora. Era o sonho de minha vida. E agora, estou prestes a realizar. A maioria de nós, mulheres, deseja loucamente ser mãe. Veja bem, eu disse a maioria... Não a totalidade. Cada um de nós é livre para nossas escolhas, mas eternamente responsável por elas. E eu assumi este risco. Sempre pensei que para me sentir plenamente mulher, deveria gerar uma nova vida. Até cheguei a pensar que esta vida não era pra mim... Mas Deus sabe o que faz. E me surpreendeu. Você deve estar pensando: “Bem, ela não se cuidava e esperava o quê?” Olha... Depois de inúmeras tentativas frustradas, realmente achei que fazia parte do rol de mulheres que não pode ter filhos e já cogitava a possibilidade de adoção. Ter um filho não precisa necessariamente sair de dentro da gente... Mas se tivermos amor no coração, seremos pai e mão por excelência. O lado bom é que o destino foi generoso comigo. Ou melhor: Deus é que permitiu esta alegria em minha vida.

Sempre pensei que daria pulos de alegria quando constatasse o resultado positivo no teste. Confesso, porém que aliado a este sentimento, veio uma sombra de dúvidas e preocupações. Já falei que hipocrisia não faz o meu gênero e sem essa de que ser mãe é padecer no paraíso. Pensei em mim, nas mudanças que sua vinda ocasionará e na maior de minhas preocupações: se poderei dar a ele tudo o que necessita. Não quero transferir meus sonhos pessoais ao meu filho, mas desejo piamente que ele tenha a sua disposição a oportunidade de realizar todos os seus sonhos. Eu nem mesmo sei como será a carinha dele, sua personalidade e desejos. Tudo o que sei, é que farei tudo o que estiver ao meu alcance – e lutarei para concretizar o que não estiver tão acessível – para vê-lo feliz e realizado. Sua alegria será a minha. Defenderei minha “cria” como uma feroz leoa: com unhas e dentes! Deve ser esta o chamado instinto maternal. O fato é que nem sei se menino ou menina... Uso a expressão “filho” por ser a linguagem universal próxima de bebê... E pouco me importa seu sexo... Faço minhas as palavras que já viraram jargão: “O que importa é que venha com saúde... Muita saúde!”

Eu me abri para a maternidade. Ciente de que minha vida mudaria drasticamente, mas assumi o risco e a responsabilidade. Só de pensar que, em vez de chegar em casa depois do trabalho e encontrar uma carteira de cigarros, uma ceva e a solidão para me fazerem companhia, encontrarei uma coisinha fofa, pequenininha e com um par de olhinhos e um sorriso no rosto a me esperar, penso que direi: “-Mamãe chegou!” E que todo o cansaço e estresse passarão, dando lugar a um sentimento maior: o de amor, em sua plenitude. Até hoje eu soube o que era ser filha... mas ser mãe, é uma sensação indescritível!

Clara ou Felipe nascerá em final de maio ou começo de junho. Sou mãe de primeira viagem, não sei ao certo fazer os cálculos. O que interessa é que este pequeno ser de luz, mesmo sem pedir licença, é bem-vindo e amado desde o princípio! Nunca estive tão feliz em toda a minha vida!!!

Patrícia Rech
Enviado por Patrícia Rech em 11/09/2009
Código do texto: T1805119
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