O dia do Horror

Naquela manhã do 11 de setembro de 2001, o céu azul, límpido, não tinha uma nuvem. Logo cedo fui para a escola. Aos poucos as crianças iam chegando e entravam correndo, alegres. Até que um pai, com ar assustado, me perguntou: Você viu? Viu o quê? Não ouviu nada? Não! O avião que bateu num prédio... em Nova York!

Fui correndo ligar a TV. Era daquelas pequenas, antigas, a imagem estava péssima. Mas pude ver. Por lá o céu também estava limpinho. E aquele avião vindo, vindo... A fumaça preta, em ondas gigantescas, subindo... Locutores, vários, falavam ao mesmo tempo, ninguém sabia direito o que estava acontecendo. E a cena se repetindo... Depois é que pude entender que não se tratava somente de um avião. Outro veio, parecia loucura, entrou pela janela... Não consigo apagar da memória as cenas de gente caindo pelos ares e outros, com rostos desfigurados, caras de terror, presos nos quadradinhos das vidraças, lá no alto... Ai, meu Deus!

O dia todo aquela perplexidade! O que significava tanta maldade? Já se via que acaso não era... Os noticiários se atropelavam, em rodas as pessoas não falavam de mais nada. Só do atentado! E as imagens rolando. As duas Torres, Gêmeas, fumegando. Bombeiros intrépidos, correndo, carregando corpos. Sirenes ligadas. Linhas telefônicas congestionadas, famílias desesperadas. O mundo parou. E chorou.

Al Qaeda, Bin Laden, terroristas, que confusão... Mulçumanos querendo acabar com a civilização ocidental! O Gigante americano atacado bem coração!

Juro que pensei na queda de Constantinopla, marco do fim do Império Romano do Oriente. Estaríamos nós, neste início de milênio, assistindo à queda do Império Americano?... Não era possível. Logo agora que tudo parecia andar um pouco mais em paz...