No metrô

Observar, sempre, esse habito me acompanha, me distrai...

Gente indo, vindo, falando, rindo, brigando, empurrando.

O transporte mais utilizado em São Paulo, cheio de rostos diferentes, cada figura.

Você vai de um extremo ao outro, do bairro mais nobre da cidade ao contraste de ruas sem asfalto.

Tava sentada esperando que me parasse um metrô, com um vagão mais vazio, mais nada dele chegar, porque no horário de pico, quando São Paulo deveria andar, a cidade para.

No meio de tantos rostos, gestos se destacam gente educada pedido licença, gentil, cedendo lugar.

Mais como sempre, como em todos os lugares, a grande maioria é grosseira e individualista.

Paro de observar, me levanto, me aproximo, vou pegar o próximo.

Sou empurrada, não falei da grosseria, isso agrava mais ainda o dia-a-dia difícil e estressante, que cada um vamos enfrentar, na selva de pedra, São Paulo.

Agora que me acomodei, pediram para segurar minha bolsa, no meio de tanta gente, ainda tem gentileza, atitudes positivas de facilitar, depois de um empurrão, sei que sentimentos bons ainda sobrevivem.

Opa chegou minha estação, fui empurrada de novo.