Também da África e também uma ex-colônia de Portugal, a República de Moçambique é mais um Estado membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa!
 
Na costa oriental da África, fazendo limite com Zâmbia, Malaui, Tanzânia, Oceano Índico, África do Sul, Suazilândia e pelo Zimbábue encontra-se uma das jóias que ainda fala língua portuguesa, Moçambique. Sua capital é Maputo e ela deixou de ser ligada diretamente a Portugal desde 1975.
 
A história de Moçambique encontra-se documentada pelo menos a partir do século X, quando um estudioso viajante árabe, Al-Masudi, descreveu uma importante atividade comercial entre as nações da região do Golfo Pérsico e os "Zanj" da "Bilad as Sofala", que incluía grande parte da costa norte e centro do atual Moçambique.
 
No entanto, vários achados arqueológicos permitem caracterizar a "pré-história" do país (antes da escrita). Provavelmente o evento mais importante dessa pré-história seja a fixação nesta região dos povos “bantus” que, não só eram agricultores, mas introduziram a metalurgia do ferro, entre os séculos I e IV. Entre os séculos X e XIX existiram no território que atualmente é Moçambique vários estados “bantus”, o mais conhecido foi o império dos Monomotapa.
 
A penetração portuguesa em Moçambique, iniciada no início do século XVI, só em 1885 — com a partilha de África pelas potências européias durante a Conferência de Berlim — se transformou numa ocupação militar, com a submissão total dos estados ali existentes, levando, no início do século XX, a uma verdadeira administração colonial.
 
Depois de uma guerra de libertação que durou cerca de 10 anos, Moçambique tornou-se independente em 25 de Junho de 1975, na seqüência da Revolução dos Cravos, a seguir à qual o governo português assinou com a Frelimo os Acordos de Lusaka. Após a independência, com a denominação de República Popular de Moçambique, foi instituído no país um regime socialista de partido único, cuja base de sustentação política e econômica se viria a degradar progressivamente até a abertura feita nos anos de 1986-1987, quando foram assinados acordos com o Banco Mundial e FMI. A abertura do regime foi ditada pela crise econômica em que o país se encontrava, pelo desencanto popular com as políticas de cunho socialista e pelas conseqüências insuportáveis da guerra civil que o país atravessou entre 1976 e 1992.
 
Na seqüência do Acordo Geral de Paz, assinado entre os presidentes de Moçambique e da Renamo, o país assumiu o pluripartidarismo, tendo tido as primeiras eleições com a participação de vários partidos em 1994. Para além de membro da ONU, da União Africana e da Commonwealth, Moçambique é igualmente membro fundador da SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) e, desde 1996, da Organização da Conferência Islâmica.
 
Moçambique é uma república presidencialista cujo governo é indicado pelo partido político com maioria parlamentar. As eleições são realizadas a cada cinco anos.
 
A Frelimo foi o movimento que lutou pela libertação desde o início da década de sessenta. Após a independência, passou a controlar exclusivamente o poder, aliada a seus antigos aliados comunistas, em oposição aos estados brancos vizinhos segregacionistas, África do Sul e Rodésia, que apoiaram elementos brancos recolonizadores e guerrilhas internas, situação esta que viria a se transformar em uma guerra civil de 16 anos. Samora Machel foi o primeiro presidente de Moçambique independente e ocupou este cargo até a sua morte em 1986.
 
A Frelimo permaneceu no poder até os dias atuais, tendo ganhado por três vezes as eleições multipartidárias realizadas em 1994, 1999 e 2004, mesmo com acusações de fraudes. A Renamo é o principal partido e a única força política de oposição com representatividade parlamentar.
 
Hoje Moçambique conta com pouco mais de 20 milhões de habitantes e um índice de desenvolvimento humano considerado baixíssimo; a expectativa de vida no país não chega aos 50 anos e isso o coloca como uma nação perigosa para se viver. O plantio de algodão, cana-de-açúcar, castanha de caju, mandioca e criação de ovinos, bovinos e suínos praticamente sustentam a baixíssima economia do lugar, isso porque cerca de 40% de toda movimentação interna é de subsistência. Outros fatores como a extração mineral e o turismo impulsionam uma perspectiva de crescimento e a indústria não avançou, segundo pesquisas, por causa de milhares de minas terrestres que jamais foram desativadas e ainda ceifam centenas de vidas todos os anos.
 
Muito embora somente cerca de 40% da população afirme falar a língua portuguesa, a Constituição moçambicana em vigência determina que esta seja a língua oficial o que a coloca ao lado de Brasil, Portugal, Timor-Leste, Angola, Cabo-Verde e São Tomé e Príncipe como sendo um dos países que falam a mesma língua.
 
Para saber mais sobre Moçambique basta acessar a página oficial do Governo:
www.portaldogoverno.gov.cz.
 
Até a próxima viagem que faremos por mais um país de língua portuguesa, Portugal...!
 
 
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
www.irregular.com.br
 

CHaMP Brasil
Enviado por CHaMP Brasil em 08/09/2009
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