VOCÊ ESCREVE PARA AGRADAR?
Outro dia, um amigo perguntou se, ao escrever, me preocupava em agradar.
Quando uma questão é realmente instigante, aceita múltiplos olhares e abordagens. E nesta diversidade reside a maior beleza do pensamento. E o mais profundo desafio.
Apesar da verdade ser óbvia: escrevo, a princípio, para ser lida, do contrário não publicaria.
No entanto, ainda assim, escrever para "agradar" pode ser uma estratégia necessária, por exemplo, no caso de um novelista, obrigado pelo público a mudar a direção de um personagem que não agradou ou a redimensionar aquele que teria um papel secundário na trama, mas cresceu e foi além da expectativa.
Qualquer autor, ao escrever, pode desagradar.
Por isso, quando escrevo busco não pensar demais no impacto positivo ou negativo que o texto terá. Não controlo o gosto das pessoas, mas preciso estabelecer com a criação um elo ou uma identificação.
E a razão é simples. Escrevo aquilo que penso ou literalmente, invento, se o enredo é fictício. Se minhas idéias ou criações não agradarem, o que caberá ao leitor? Dizê-lo ou não ler mais. Cada texto é um risco contínuo. Não sei o que será da publicação. Se provocará riso, náusea, alegria, pesar, indiferença, etc e tal...
E o que caberá a mim se o texto desagrada?
Pensar diferente? Criar outra coisa? Dizer que o texto não era bem aquilo ou que refleti e mudei de idéia? Reconhecer que descobri a pólvora e não agrado gregos e troianos? Admitir que não escrevo com a mesma marca ou "controle de qualidade" o tempo todo?
Se um texto é elogiado aqui, o outro ali pode ser uma catástrofe. Ou então, mediano, tão razoável que não merece ser criticado.
Entretanto, um texto pode levar o autor a reavaliar seus conceitos. E mudar de opinião é uma grande qualidade, desde que a atitude acompanhe a alteração do raciocínio, dando lugar à nova idéia e posicionamento.
Do contrário soará canastrão.
E quem escreve para "fingir" o que pensa, possivelmente não sobreviva à primeira linha.
http://www.dolcevita.prosaeverso.net
Outro dia, um amigo perguntou se, ao escrever, me preocupava em agradar.
Quando uma questão é realmente instigante, aceita múltiplos olhares e abordagens. E nesta diversidade reside a maior beleza do pensamento. E o mais profundo desafio.
Apesar da verdade ser óbvia: escrevo, a princípio, para ser lida, do contrário não publicaria.
No entanto, ainda assim, escrever para "agradar" pode ser uma estratégia necessária, por exemplo, no caso de um novelista, obrigado pelo público a mudar a direção de um personagem que não agradou ou a redimensionar aquele que teria um papel secundário na trama, mas cresceu e foi além da expectativa.
Qualquer autor, ao escrever, pode desagradar.
Por isso, quando escrevo busco não pensar demais no impacto positivo ou negativo que o texto terá. Não controlo o gosto das pessoas, mas preciso estabelecer com a criação um elo ou uma identificação.
E a razão é simples. Escrevo aquilo que penso ou literalmente, invento, se o enredo é fictício. Se minhas idéias ou criações não agradarem, o que caberá ao leitor? Dizê-lo ou não ler mais. Cada texto é um risco contínuo. Não sei o que será da publicação. Se provocará riso, náusea, alegria, pesar, indiferença, etc e tal...
E o que caberá a mim se o texto desagrada?
Pensar diferente? Criar outra coisa? Dizer que o texto não era bem aquilo ou que refleti e mudei de idéia? Reconhecer que descobri a pólvora e não agrado gregos e troianos? Admitir que não escrevo com a mesma marca ou "controle de qualidade" o tempo todo?
Se um texto é elogiado aqui, o outro ali pode ser uma catástrofe. Ou então, mediano, tão razoável que não merece ser criticado.
Entretanto, um texto pode levar o autor a reavaliar seus conceitos. E mudar de opinião é uma grande qualidade, desde que a atitude acompanhe a alteração do raciocínio, dando lugar à nova idéia e posicionamento.
Do contrário soará canastrão.
E quem escreve para "fingir" o que pensa, possivelmente não sobreviva à primeira linha.
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