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Marcelino, 35 anos, bacharel em direito,solteiro, mora só no edifício Tegucigalpa, no centro de São Paulo.É gerente de um banco na Avenida Paulista.

Levanta metodicamente às 7 horas, com o barulho do despertador e segue o costume diário, barba, banho, escovar dentes, troca de roupa, café da manhã na padaria da esquina,jornal na banca, metrô e banco.

Nesse dia após todo essa rotina,já está acomodado em sua mesa de trabalho há algum tempo, quando senta em uma das cadeiras a sua frente uma jovem elegante nas maneiras e no trajar, coloca a bolsa em sua mesa e lhe pergunta sobre a abertura de uma conta.

Solicito, explica que ela deve se dirigir a uma das mesas mais ao lado, onde estão as funcionárias que tratam das aberturas de contas.A jovem agradece e lhe diz para não fazer nenhum gesto brusco, permanecer absolutamente calmo e com a mesma atitude solícita pois aquilo se tratava de um assalto.

“Já estamos todos aqui.Dentro dessa bolsa em sua mesa, existe uma bomba com alto poder de destruição, que está preparada para explodir caso as coisas não saiam como planejamos.É um aparelho celular que colocamos na caixinha para podemos passar pela porta giratória, senão a mesma travava.Estamos em oito. Todos têm o mesmo dispositivo, com poderes de comunicação, podendo explodir um de cada vez ou todos juntos.São comandados pelas teclas”

“Então, levantaremos juntos, você pega a bolsa, me leva até a tesouraria, diz que tenho uma ordem de retirada no valor de R$ 2.000.000,00 de reais, que preciso levar o dinheiro em notas de R$ 100,00 e R$ 50,00 o que dará um volume de mais ou menos essas duas pasta que estão vindo para cá e cujos documentos ficarão sobre a sua mesa, se você não obedecer ou criar qualquer dificuldade será o primeiro a ir para os ares”

Dois rapazes muito bem arrumados chegam com as pastas cumprimentam o gerente e as colocam sobre a mesa e pedem com que ele sirva café para os três.

Um deles tira um celular do bolso e fica brincando com ele em uma das mãos.

Marcelino prontamente solicita a uma das funcionárias que providencie 3 cafés para os visitantes.

Chegando, todos tomam e Soraia, que já havia se “identificado”, abre as pastas entrega os papéis ao gerente, pede que os deixe sobre a sua mesa, e inicie a operação.

Levantam-se,Marcelino pega a bolsa e dirigem-se para a tesouraria enquanto os dois continuam à mesa.

No caminho procedem como se fossem velhos conhecidos e lá chegando, Marcelino pede ao tesoureiro a quantia solicitada, alegando que se trata de um cliente “vip” e que toda a papelada inerente a esse saque estava sobre a sua mesa e lhe seria entregue durante o expediente .

O tesoureiro prontamente separa o montante e o coloca nas duas pastas.

Soraia e Marcelino saem com as duas pastas e vão para a mesa do gerente onde são esperados pelos dois rapazes que lá estavam.

“Agora, vamos a parte final.Estamos aqui com a maior boa vontade possível para que ninguém saia ferido e para isso viemos demonstrar a todos vocês que essas m.... de portas giratórias além de atrapalharem todo mundo não protegem coisa nenhuma.Assim sendo, como fazemos parte de um sistema sofisticado de proteção pedimos licença para demonstrarmos como ele funciona e fiquem vocês certos de que os celulares, pelo menos um explode mesmo.Pode pegar as pastas e mandar devolvê-las a tesouraria e nos permita antes abrimos as mesmas sobre a sua mesa para que as câmeras registrem esse fato que, por mera questão de segurança, está totalmente gravado no celular bomba dentro da bolsa.”

“Então, senhor gerente, a pergunta crucial: estaria o banco interessado em abolir essas porcarias de portas giratórias e conhecer o nosso ético e digno sistema de proteção?”.