EQUÍVOCO
Gosto de ler poetas portugueses, gosto principalmente Da “pronuncia” escrita, e o apego romântico à terra natal na construção das imagens. Outro dia, lendo um desses poetas, me encantei com um poema, muito bonito, denso e extenso..., muito tocante. Resolvi copiá-lo. Abri o Word
e salvei o poema, sem no entanto salvar o arquivo. Deixei-o ali, sem no-
me e continuei a ler outros poemas. Inspirado em tal leitura, escrevi um singelo texto, de umas poucas linhas, abaixo do poema que tinha co-
piado. Resolvi enviar meu texto para um crítico, através do seu site (fiz isso uma vez e ele, gentilmente me respondeu). Na hora de enviar
o meu texto, acabei por enviar também o outro, do português.
Percebendo tardiamente meu equívoco, escrevi para o crítico
explicando que o texto de cima não era meu e sim do poeta lusitano,
e o que o meu,seria o segundo, mas acho que não me fiz entender.
Recebi dois dias depois a resposta do crítico me dizendo o seguinte.
“Caro José, li oportunamente, tanto o texto que me enviaste por
engano, como também o seu. Digo-lhe apenas que você deve buscar
na simplicidade e suavidade do segundo texto (dele) o exemplo maior
para quem pretende adentrar no mundo da poesia. Você escreve bem,
mas não tente ser aquilo que não é...”
É, pois é...