Fio de Ariadne
Navego entre as mensagens, mergulho nas idéias; aprendo, descarto; filtro e navego.
Leitura seletiva? Sempre!
Como todas as coisas na vida.
Contudo, há novas informações, postos pontos de vista, e enriqueço o meu olhar que tem mil facetas, feito olho de mosca que reflete os mil e um olhos dos meus amigos da lista.
Fé e Certeza? Certeza e fé? Por que Deus quer tanto ser amado?
Ou somos nós que precisamos sempre de uma resposta?
Certa vez, lí em algum lugar que a certeza nasce da independência, ou seja, quando ela em si se basta. Se ela em si se basta, não é condicionada a uma resposta; não necessita persuadir, convencer, envolver outros olhares para ficar mais forte. Tudo o que não se basta; é dependência de existência de confirmação.
Lí também que quando a certeza bate estaca no coração, não vem como racionalização e sim como uma sensação; uma percepção, "um cair de fichas" de algo que sempre foi, é, e será. Uma bandeira hasteada que permanece eternamente firme faça chuva, faça vento.
Eu procuro essa bandeira; quero ter a certeza do Pastor da Esquina; do médium que se entrega a incorporação, do aprendiz que faz magia e despachos de ar; quero muito hastear a minha bandeira, pois tenho fome de certeza, e a fé já não me basta; mas não descarto o que já não me serve, transformo! Um segundo olhar sempre revela algo a mais de algo que parecia não servir mais.
E nessa caminhada estudo, investigo; mas sempre com a mente aberta, sempre dialogando, sempre disposto a transformar a minha opinião se eu perceber que caminhei pelo vale dos equivocos; e enquanto caminho, leio, escrevo, aprendo e ensino, e sigo desenrolando o fio de discernimento para marcar o caminho por
esse labirinto da caminhada espiritual; afinal, não quero me perder de vez nessa busca para me achar.