"FERNANDO COLLOR DE MELLO" Crônica de: Flávio Cavalcante

“FERNANDO COLLOR DE MELLO”

Crônica de:

Flávio Cavalcante

Ás vezes fico pensando e até muito envergonhado com a memória negativa deste país. Eu acho estupefato e sinto uma front com a minha pessoa, que sou um cidadão, brasileiro, honesto e pagador fielmente dos meus impostos. Porém, me acho no direito e reivindicar algo que não estou concordando com o que os generais que comandam a máfia governamental do país, aqueles que puxam nas tetas da vaca leiteira até deixá-la só entre o couro e o osso e atiram pedras em pessoas sem conhecer o passado, de onde veio e como veio.

Caro amigo escritor e leitor, pessoa culta que eu aprendi a confiar e admirar. Escrevo essa crônica porque o filho de um político, falou-me disparates e coisas que nem o mais vernáculo chulo teria páginas para comportar tanta agressão moral. Principalmente a mim, que conheço a trajetória de perto.

Acreditam que ele teve a capacidade de espinafrar que o Fernando Collor de Mello é a vergonha deste país?

Interroguei-o de imediato. Por que tal agressão ao homem que realmente mudou este país? Falo com convicção e propriedade. Eu sou alagoano desde nascença. Fernando Collor de Mello, teve vários mandatos no Estado das Alagoas como governador, fazendo um trabalho brilhante e reconhecido por todo alagoano. Não posso admitir que por causa vermes inescrupulosos, que envergonha piamente a nação venham falar do homem que realmente deu jeito neste país com projetos inteligentes na intenção de dar um basta na inflação que na ocasião estava um pouco mais de cinqüenta por cento.

O pobre cada vez mais pobre e o rico cada vez mais rico. A poupança virou uma mãe gentil repentinamente e vaca tava dando leite á baldes. Coisa que os aproveitadores de plantão estavam fazendo a festa. O brasileiro já nasce com a mania de querer se dar bem em tudo sem fazer a menor força.

Então, teve gente que vendeu casa, carro, teve até gente que saiu do emprego e a rescisão jogou no baú da felicidade que na época era a poupança e ficava só de praia, curtindo com a cara dos estavam sem nem o que comer dentro casa. Fazendas e mais fazendas sendo vendidas. Os preços das mercadorias subiam toda hora. Quem não lembra da maquininha de marcar preço nos mercados? Um inferno para quem trabalhava no estabelecimento e para o consumidor, que não dava tempo do cidadão ver o preço da mercadoria e ir em casa pegar o dinheiro. A bola de neve estava crescendo a olhos nus.

Lembro-me, que na época eu tinha uma oficina eletrônica e consertava rádio e tv. Os televisores, o povo ainda possuía televisores á válvulas, não que a modernidade não tivesse chegado ao país, era a situação atual que o povo não via luz no fim do túnel. Não havia dinheiro nem pra comprar comida pra encher sua geladeira. Um caos na vida do brasileiro.

Fernando Collor de Mello, foi o trigésimo segundo presidente da República Federativa do Brasil, cargo que exerceu de 15 de março de 1990 a 29 de dezembro de 1992. Foi também o primeiro presidente eleito por voto direto após o Regime Militar, em 1989.

Recebeu em suas mãos um problema grandioso que foi dar fim de uma vez por todas àquela inflação que estava desmoronando o país como numa avalanche. E logicamente esmagar os aproveitadores que tinham no sangue o vício de se dar bem, que é como o vício do jogo, só pára quando acaba o último vintém do bolso. A mamata estava preste a ter um fim.

A sua guerra contra os marajás vem desde o princípio de sua carreira política.

As porradas acertadas em sua cabeça também se tratava de algo novo e constante. Mexer com marajás no governo de um pequeno Estado, é minucioso sim; mas mexer com marajás num cargo tipo presidência da república, aí a porca torce o rabo. O peixe é imenso e não se pode pescar tubarões ferozes com varas de pescar sardinha. Vislumbrado com a fome de resolver o problema do país, esquece ele de se defender das armadilhas armadas pelos grandes mafiosos do congresso. E o resultado foi notório.

Ao invés de pescar, ele é que foi pescado. Acusações sem sentido algum começaram mostrar o disparate dos próprios colegas, que já conheciam de suas intenções e projetos para a exterminar de uma vez por todas com a tal inflação montanhosa. Criaram as gangues de gravatas formas infalíveis de derrubar o homem que veio para uma mudança de vergonha e como isto ia mexer no bolso cúpula maior, doeu mais do que beliscões de alicates.

Confesso uma coisa, caro amigo leitor; eu nunca votei em ninguém neste país, desde a minha primeira obrigação de votar, porque eu, como um cidadão HONESTO, não vejo um, com capacidade para me representar no país e lá fora. Prefiro ficar á parte. O único homem que eu daria meu voto com toda convicção seria Fernando Collor de Mello; pois, todos jogaram as pedras e os cachorros, acusando-o disto ou daquilo. Ninguém ousou provar alguma coisa e o pior, que o feitiço acabou enfeitiçando o feiticeiro. Todos os santinhos são taxados hoje como diabinhos e o pior por roubar os nossos bolsos.

Vou referir apenas algumas feitas por este homem que virou saco de pancadas nas mãos da corja armada e que hoje envergonham o povo em todo o mundo com escândalos por ter praticado o que eles acusaram o dito presidente em exercício na época.

Não pensei caro leitor, que o plano de desmistificar partiu de outro lugar. É questão de lógica. Se na época quem era o presidente era Fernando Collor de Melo, e todos os futuros presidenciáveis faziam parte de seu governo, não podia um projeto sair de outro lugar.

A liberação dos importados no país deu condições ao povo humilde jogar pela janela aquele televisor de válvulas que as donas de casa preservava como a coisa mais importante de sua vida. Época de vacas gordas pra mim, que consertava ainda estes aparelhos.

Finalizando. O povo hoje está melhor do que estava. O povo come melhor do que comia nos antigamente e tudo isto por causa do homem que foi crucificado por uma justiça que precisa tirar a vendas da face para enxergar melhor com quem deve dar a razão.

É lamentável que venham falar deste homem, que tem anos de histórias promissoras em sua vida política e a mídia querer destruir anos de gritos pelo povo, por causa de dois ou três meses, de acusações medíocres e sem conteúdo algum, impedindo assim o futuro de todos nós que sofremos ainda com estes se diziam santos.

Eu como cidadão brasileiro, fico triste e envergonhado com tudo isto.

ISTO É APENAS UM DESABAFO. DESCULPEM-ME

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 05/09/2009
Reeditado em 05/09/2009
Código do texto: T1793448
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