Sala de aula!!!

Sala de aula!!! Local de aprendizado, debates, reflexões, transmissão de sabedorias, em resumo, um local onde a principal função é a busca do saber, ou melhor, do aprender a saber. Quem dera se realmente fosse assim, a realidade está bem distante disso, e não é privilégio apenas de escolas públicas, infelizmente até nas particulares, e por absurdo que pareça nas universidades deste país. O conceito de sala de aula já não existe mais, hoje é mais um lugar par reunir os “amigos” e fofocar o que ocorreu no seu dia, o que fez, o que deixou de fazer, o que pretende fazer, enquanto isso o professor, pobre professor, tenta, e muitas vezes desiste das tentativas, fica a observar aquele “bando” de gente que mal sabem o que estão fazendo ali, ficam inertes perante aquelas pessoas que por trabalharem o dia todo, aproveitam o “tempo livre” para por a conversa em dia.

E atrapalham muito, chegam a interromper por diversas vezes o raciocínio do professor, que necessita de silêncio para formular e repassar o seu conhecimento para aqueles que querem realmente absorver, eles poderiam muito bem sentar em suas cadeiras e apenas admirar o futuro do Brasil, afinal já são graduados, mestres e alguns até doutores, mas não, sabem que se escolheram essa profissão é porque ainda “acreditam” nos seres humanos. Que podem, nem que seja um pouco, enxergar algo positivo em cada um. Voltemos às salas de aula no ensino básico, outra realidade ainda pior, crianças, crianças entrando na adolescência e adolescentes, transformam o ambiente em algo deplorável. Professores estressados, ameaçados, paralisados, amordaçados, esses diferente dos colegas universitários, já não acreditam mais, até tentam, mais diante da situação, cedem.

E de quem é a culpa??? Dos professores que não estão preparados??? Da sociedade que nada fazem a não ser apontar o dedo??? Do governo, sempre eles??? Ou dos pais, que confundem as escolas com guarda-volumes??? Por que na visão deles, os seus filhos não passam de objetos que precisam ficar em algum lugar enquanto trabalham, passeiam, ou sei lá mais o quê. E por que não unir o útil ao agradável??? Precisam se livrar dos filhos??? Ah!!! Já sei, manda pra escola, lá eles se virão, não falam na televisão que os filhos são obrigados a estudarem, pronto, aí estão, já fiz a minha parte, agora é com vocês!!!

Os professores, reféns, buscam transformar esses “objetos” em cidadãos, ninguém sabe o futuro, ou os professores não fazem parte da sociedade??? Quem garante que este aluno, que foi “jogado” na escola e não foi “trabalhado”, pode vir um dia a dar um tiro nos seus filhos, nos meus ou nos dos próprios professores??? Ou em nós mesmos??? E como mudar isso??? São muitas as alternativas, e porque não começarmos pela educação dos pais ou pseudo–pais??? Ou ser pai e mãe é apenas na hora da fecundação e do registro??? Seria bom heim??? Já imaginaram só transar, gerar um feto, esperar o nascimento, registrar e depois colocar numa escola??? Nada mais prazeroso, uns até exigem creches, pois aguentar choro de criança, ninguém merece.

Nada disso, muito pelo contrário, ser pai ou mãe começa desde a transa até o resto de nossas vidas, aliás, até o fim da vida deles, pois os números mostram que a uma inversão, hoje são os pais que enterram os filhos. E de quem é a culpa??? De todos nós!!!! Mas enquanto isso nas salas de aula...

Regor Illesac
Enviado por Regor Illesac em 04/09/2009
Código do texto: T1791477
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