Gratidão, o alicerce da felicidade
É engraçado como, tanto leitores, como amigos ou parentes, insistem em fazer observações que eu considero gratificantes, no sentido de que eu, partindo de temas tão óbvios, acabo por chegar a pontos totalmente inusitados e reflexivos. Acontece que, os muitos anos de aprendizado e de experiência, sob a orientação dos ensinamentos do Grande Mestre Mokiti Okada, me concederam uma visão equilibrada sobre espírito e matéria, por onde ganhei uma ótica mais lógica da realidade das coisas, porque a “realidade” de hoje está subjugada por paradigmas distorcidos por muitos anos da “escuridão” do materialismo puro. Isto demonstra que, quando encontramos o caminho da simplicidade da natureza, passamos a desmontar as complicações criadas por preconceitos, tradições e teimosias eruditas, isto sem falarmos das excentricidades do fanatismo religioso, que só fazem por “embolar” ainda mais o meio-de-campo. Os extremismos e os conceitos arraigados do materialismo nos carregam por falácias perigosas, criadoras de opiniões tendenciosas, aceitas por todos como verdadeiras – é isso que serviu de base para a idiossincrasia da atual civilização, que está prestes a entrar em colapso.
Pelo que acabamos de expor, podemos afirmar, com segurança, que são muito poucas as pessoas que conseguem viver com gratidão, além do mais porque quase ninguém “sabe” o que é gratidão. A gratidão é um sentimento de alto nível espiritual, derivado da prática do amor altruísta, portanto ela só se manifesta pela convicção plena de que a vida pautada na ingratidão e na lamúria não vale a pena ser vivida. Vejam que a tendência de nos queixarmos dos acontecimentos desagradáveis faz parte dos nossos relacionamentos, mesmo que seja pelo simples fato de “puxarmos” assunto com alguém, por intermédio de comentários sobre o clima, por exemplo: “Nossa, que frio terrível” ou “Esse calor está matando”. _Por que isso? Simplesmente porque nos acostumamos a trocar queixas e lamúrias com os outros, dando-nos a impressão de que assim estaremos “compartilhando” dos problemas alheios, como uma forma de consolo mútuo e de aproximação mais íntima!
É por essas e por outras que a humanidade está nessa pindaíba, pois as verdades são pouco conhecidas, só porque elas estão acessíveis para qualquer um, mas procuradas apenas e tão somente por aquele que seja possuidor de espírito de busca, que queira crescer em individualidade e que esteja mesmo interessado em ser um instrumento útil na participação do real desenvolvimento da humanidade, a caminho do Mundo Ideal. Todos almejam um mundo melhor, pleno de saúde, riqueza e paz, porém estão por aí sempre na mesmice, achando que basta participar de romarias e torcer fanaticamente para um time qualquer de futebol, que o resto vem sozinho! Essa mediocridade espantosa é o que temos de exemplo padrão do cidadão atual, mantendo um viver vazio e cheio de problemas, contra os quais ele passa lutando o resto da vida, sempre na ignorância de que: “A lamúria gera lamúria e a gratidão gera gratidão”.
O sentimento de gratidão gera uma situação de união com o divino, o que faz por atrair vibrações energéticas de alto nível, por essa razão que devemos agradecer mesmo o que nos pareça adverso, porque assim ele se transformará em propulsor de acontecimentos felizes, logo mais lá pra diante. Se a nossa escolha for pelo caminho da lamúria, essa atitude desmiolada nos ligará com as energias negativas, que nos empurrarão ainda mais pra baixo, tudo se tornando numa espiral descendente, cruel e constante, porque assim nós estamos “querendo” que seja.
Podemos fazer uma experiência bem simples: basta pegarmos dois vasos e plantarmos, em cada um deles, uma planta originária do mesmo pé, usando-se também a mesma terra. Decorrido um mês, sempre com o cuidado de tratar adequadamente uma das plantas, veremos que ela estará vicejando graciosamente, ao passo que a outra, largada num canto, completamente esquecida, estará moribunda. Isto prova que, se escolhermos dar maior atenção às negatividades, elas irão prosperar cada vez mais, matando as chances de desfrutarmos das felicidades da vida! _Por que então não fazermos exatamente ao contrário?