Reconquista - Conclusão
Deus, há muito não sentia aquele tremor de puro medo! Aquilo era a velha e boa adrenalina! Uau, acho que ainda estava vivo! Novo arrepio, agora de pavor. Parecia um vulto de homem, e dos grandes!
Como podia ser? Havia feito incontáveis varreduras, em busca de semelhantes. E sempre nada! Zero! Então o que era aquilo, agora?!
Virei à esquerda, apertei o passo sem pensar... De repente, me dei conta da burrice... entrei num beco sem saída. Meu coração era um cavalo de corridas prestes a ultrapassar a linha de chegada em primeiro lugar... Passos... tac, tac, tac,... De onde surgiu aquele ser? O que queria comigo? Seria amigo ou algum doido? Tac, tac, tac...
Nada a fazer, estou encurralado... ouço o meu nome... Como aquela criatura enorme sabia meu nome? Estaria enloquecendo? O suor escorria torrencialmente por todos os meus poros. Merda, estava perdido! Outra vez a voz... Realmente, estava perdido naquela escuridão maldita!
"_ Seu Maurício, ei seu Maurício, esqueceu o cartão de crédito no caixa da padaria. Ôxe, como senhor anda rápido!"
Sacudi a cabeça, sentia-me estranho. Agradeci ao Zecão e continuei meu caminho - a travessinha antes de chegar à minha casa!
Credo, preciso parar de ler tanto André Vianco!
THERA LOBO (agosto de 2009)