A arte de observar
Vivo me policiando constantemente pra não pecar, em um dos defeitos mais abominavel que o ser pode ter, a maldita pretensão.
Mais é tão gostoso pensar nela na "maldita pretensão"... Ela até me tira o sono, se fosse máscula a palavra seria meu amante, pois bem, me contendo em aliar-me a ela, como um dito popular, conhecidíssimo: “Se não pode com ela, alie-se a ela”.
Vamos repará-la de distintos ângulos: Eu ser pretensioso: Imagino que sou que causo impressões, mais na verdade não sou o que penso ser não causo o que imagino causar.
É tão patético vergonhoso pensar ser, algo que não é, julgar causar impressões e nada você é julgado como o oposto que imagina, ou pior, na maioria das vezes se quer é julgado. Será que vai imaginar tudo isso? Ah é você é o Sr. (a) Pretensioso. Jamais imaginará!
Tenho pavor de passar por isso, tenho pavor de imaginar que alguém terá mente tão perversa que me enquadrara como tal, que sinta tal prazer em admirar defeitos no proximo, de pensar neles como se pensa em um amor, um problema etc. Algo que seja julgado com tal importância, claro que pelos outros, é claro porque pra mim o comportamento alheio me interessa como, uma criança aprendendo a ler.
Ele (a) ser pretensioso, para comigo: Esse é a forma mais engraçada de se observar...
Meu Deus! Ele (a) faz e acontece, imagina que está causando marcas impressões que é o maioral, tolo, absurdo acaba sendo o pateta, o meu bobo da corte particular...
Eu não consigo parar esse jogo meu vicio, eu tenho que viver cercada de pretensiosos.
Isso me excita alimentar a pretensão alheia, rir por dentro como uma criança maldosa que acabou de aprontar e a culpa recaiu sobre outra.
Serão todos esses meus pensamentos pretensiosos?