"A TRISTEZA E A ALEGRIA" Crônica de Flávio Cavalcante
A TRISTEZA E A ALEGRIA
Crônica de:
Flávio Cavalcante
A tristeza é o oposto da alegria. O mistério que envolve estes dois sentimentos é algo profundamente de Deus entranhado nas profundezas do espírito, fatalmente o corpo é reflexo da dor ou prazer causado por ambos.
Acreditam-se alguns estudiosos que a mistura de todos os sentimentos resultam nos dois sentimentos mais profundos do ser humano. O AMOR E O ÓDIO. Estes representam simbolicamente o bem e o mal, o céu e o inferno com ilustram alguns livros de teor religioso.
Na realidade o que é a tristeza e o que é a alegria? É muito relativo estes sentimentos, que andam de mãos dadas, coladinhos lado a lado. E nós estamos num trampolim. Hora estamos no lado de cá, hora estamos no lado de lá.
Certa vez uma criança de aproximadamente cinco anos de idade, chegou perto de seu pai, que demonstrava uma profunda tristeza e perguntou.
- Papai... O senhor está triste? (O pai levantou a cabeça e sem querer preocupar a criança retrucou).
- O papai está com saudades... (A menininha deu aquele sorriso lindo e repondeu).
Papai a saudade é vontade de ver de novo... Acordei triste porque estava com saudade de você. Agora estou feliz porque estou lhe vendo. Vá rever a pessoa que o senhor ta com saudade... (O pai chorou ao ouvir aquelas palavras e a criança deixou de sorri).
- Por que o senhor está chorando... (Perguntou a criança olhando no fundo do olho do pai e o pai sabiamente retrucou).
Estou chorando de felicidade, filha... Eu estava com saudade de você... E agora estou lhe vendo... Por isso que estou chorando... Estou feliz... (Os dois sorriram e se abraçaram).
Mostramos nesse diálogo como a tristeza realmente anda colada com a alegria. A transição de um para o outro pode ser num simples estalar de dedo.
Uns falam de solidão, que é representado pela tristeza; outros falam de satisfação que notoriamente é representado pela alegria. Relativamente somos as duas coisas ao mesmo tempo. Somos unificados e movidos por sentimentos benéficos e maléficos. Somos o bem e somos o mal. Um lado de luz e o outro lado obscuro, tão profundo que nós mesmos não o conhecemos o nosso próprio eu. Tudo isto é tão profundo quanto a existência de Deus! Vai além das fronteiras de nosso conhecimento, vai muito além do além túmulo. Talvez encontremos a reposta na existência de nosso criador maior, que chamamos de Deus.
Basta procurar o que queremos realmente.
Procure ser feliz e serás feliz.
Grande beijo.
Flávio Cavalcante