03 de setembro, o meu dia!
O dia que eu nasci...
E quanta coisa se passou daquele dia até hoje.
Fico imaginando o que pensou minha mãe...
Quais teriam sido os seus planos para mim naquele dia?
Talvez não muitos, afinal naquele momento eu só precisava de proteção, cuidado e amor, muito amor. E isto, meus pais souberam me dar com maestria.
Os anos foram passando e fui crescendo...
Até que não era tão peralta, sempre gostei estudar e de empinar pipa.
Gastava horas em minhas brincadeiras com os amigos imaginários e com as amiguinhas de verdade, ou ainda com a leitura dos meus gibis...
Vez ou outra preferia só assistir meus desenhos favoritos.
Mas sempre fui dengosa... gostava de um carinho que só! (sou assim até hoje)
E os anos passaram e me transformei em uma adolescente cheia de planos.
Tinha muito que pensar faculdade, trabalho, casar, ter filhos, ter uma casa....enfim, planos que todo mundo fazia então.
O primeiro trabalho e a faculdade chegaram juntos, um mundo de descobertas se abriu a minha frente.
Depois o coração...ah esse danado sempre me deu muito trabalho. Alguns desencontros, algumas alegrias...até que ele chegou, foi um amor gostoso, intenso, que invadiu e que se fez perpetuar, nos casamos.
Construímos um lar, tivemos um filho...e a vida foi seguindo seu curso.
Mas, um dia, comecei a perceber que as coisas já não eram mais as mesmas...
Em algum lugar desse caminho, a gente tinha se perdido.
Demorou até eu aceitar que aquele amor de antes, já não estava mais lá, o que antes era prazeroso tinha se tornado um fardo pesado demais para carregarmos.
E com os sonhos desfeitos, nos separamos.
A capacidade de recuperação que a gente tem é mesmo enorme.
Enfrentei todas as angústias e sofrimentos que vem junto com uma separação, por um tempo acreditei que toda aquela dor não ia acabar nunca mais.
Mas como tudo nessa vida passa (até uva!)...aquilo também passou e percebi o quanto eu tinha crescido depois de enfrentar tudo aquilo.
E o tempo continuou passando e me trouxe até aqui.
Posso dizer que tive uma vida boa até agora e que tenho grandes pretensões de que ela continue sendo boa de viver.
Não trago nenhum ranço na alma, nem tão pouco arrependimentos.
O que tenho aqui por dentro é uma enorme gratidão por tudo que pude viver, por todas as oportunidades que tive para crescer; por todas as vezes que disse e que ouvi “não” e por todas as vezes que disse “sim” e que recebi o “sim” como resposta.
Sou grata ao meus pais, por terem me dado a vida...
Sou grata a mim, por ter também dado a vida àquele que hoje é a razão da minha vida.
Enfim, hoje, 03 de setembro, dia do meu aniversário, queria dizer que neste dia, lá atrás, começou a minha história, uma história que ainda guarda para o futuro, cenas de grandes e infinitas emoções.